Incêndios: PCP diz que proposta de ministro é «para encher jornais» - TVI

Incêndios: PCP diz que proposta de ministro é «para encher jornais»

Incêndio em Tabuaço (LUSA)

Dirigente João Frazão desvaloriza «declarações mais ou menos estridentes»

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O dirigente do PCP João Frazão considerou que a possibilidade admitida pelo ministro da Agricultura de expropriar as terras ao abandono não passam de «declarações estridentes para encher jornais» e defendeu apoios públicos aos pequenos proprietários, noticia a Lusa.

«Estes tempos de tensão devido aos fogos florestais são sempre palco para declarações mais ou menos estridentes que não passam disso mesmo, para encher páginas de jornais», afirmou João Frazão.

O ministro António Serrano admitiu na quarta-feira que o Estado poderá vir a tomar conta das propriedades privadas que estejam ao abandono «para mais tarde fazer uma concessão para privados com experiência na gestão de espaços florestais ou outros».

O dirigente comunista lembrou que o anterior ministro da Agricultura, Jaime Silva, «fez uma proposta mais ou menos semelhante sem que daí se extraísse qualquer consequência na prevenção dos fogos florestais».

Este tipo de propostas, defendeu o PCP, «inserem-se no objectivo de desresponsabilizar o Estado e responsabilizar os pequenos proprietários, que nalguns casos têm pensões e reformas de 180, 200 euros».

«O que é exigível e decisivo, no combate e na prevenção dos fogos florestais, é que o Estado possa atribuir aos pequenos e médios produtores florestais os meios necessários para que possam intervir na floresta, limpar a floresta, desde logo a partir da profunda reformulação do PRODER [verbas comunitárias para a agricultura e floresta] por forma a que tenham meios e capacidade para fazer a sua limpeza», defendeu.

João Frazão sublinhou que «em primeiro lugar era necessário que o Estado cuidasse daquilo que é seu» como os parques nacionais que estão a «arder intensamente» fruto de «uma política de ausência de meios humanos, técnicos e financeiros» em termos de prevenção.

O dirigente alertou que «ainda hoje o Estado não conhece a floresta nacional» devido à inexistência de um «cadastro florestal actualizado».
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