35 mil euros em «publicidade enganosa»? - TVI

35 mil euros em «publicidade enganosa»?

Maria de Lurdes Rodrigues - Foto de Mário Cruz para Lusa

PSD acusa ministra de Educação de publicitar actividade do ministério em forma de «artigos»

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A ministra da Educação refutou esta quarta-feira ter feito «publicidade enganosa» de actividades do ministério num órgão de comunicação social, após acusações do PSD, noticia a Lusa.

O deputado do PSD Agostinho Branquinho apresentou um conjunto de publireportagens no caderno de anúncios do Jornal de Notícias (JN) alegadamente pagos pelo Ministério da Educação (ME), perante a Comissão Educação e Ciência, na Assembleia da República, onde a ministra Maria de Lurdes Rodrigues prestou esclarecimentos.

Nos exemplos apresentados, a publicidade do ME, sempre publicada no caderno de anúncios do jornal, aparecia sob forma de notícia e, pelo menos num caso, assinada e sem indicação de que se tratava de publicidade.

Agostinho Branquinho salientou que os leitores teriam dificuldade em identificar aqueles artigos como publicidade paga e não como uma notícia. O deputado social-democrata acusou o ministério de «utilizar meios propagandísticos» e salientou que o conjunto de 35 «artigos» que apresentou, elogiosos sobre a acção do ME, terá custado ao Governo um total de cerca de 35 mil euros.

Ministra desafia deputados

A ministra negou tratar-se de «publicidade enganosa» do ministério e desafiou os deputados «a provar que algum dos artigos se refira a algo que não é um facto», salientado que «não há nenhum equívoco possível, porque os artigos são feitos na primeira página do dossier de anúncios do JN».

«Não sei dizer desde quando [são publicadas as publireportagens], mas é um processo muito transparente», considerou Maria de Lurdes Rodrigues. «É na página de publicidade de um jornal, espaço que é adquirido pelo ME, como por outras instituições públicas e privadas», disse a ministra, salientando que «isto insere-se exclusivamente no dever de informar e comunicar. Não há nenhuma publicidade enganosa, não há notícias falsas, não há nenhuma promoção de actividades que não sejam associadas a conteúdos», afirmou, considerando que o que é divulgado nessas páginas «são mesmo medidas e iniciativas de políticas, resultados das escolas».

«Os ministérios têm o dever de comunicar e informar a população com os meios que têm ao seu alcance», realçou.
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