Opinião: «Foi uma semana marcada por um desatino governamental» - TVI

Opinião: «Foi uma semana marcada por um desatino governamental»

Pedro Santana Lopes e Manuel Maria Carrilho em debate no Jornal Nacional

Pedro Santana Lopes e Manuel Maria Carrilho debateram este sábado no Jornal Nacional da TVI a actualidade política, nomeadamente, uma eventual remodelação governamental. O ex-ministro da Cultura socialista defendeu que esta foi uma semana «marcada por um desatino governamental». Já Santana Lopes considerou que Sócrates não tem que sair, mas deve «mudar o governo quase todo».

«Foi uma semana marcada por um desatino governamental muito grande e sobretudo por um desatino, é preciso reconhecer, que atingiu o topo do Governo, os dois ministros de Estado», defendeu Carrilho, que especificou: «O ministro das Finanças que já tinha colocado o tecto de 7%, que ele sabe muito bem que é uma coisa que não deve fazer. E depois dando uma entrevista cheia de infelicidade ao Financial Times».

Manuel Maria Carrilho foi mais longe e criticou também a entrevista de Luis Amado: «Mas pior que isso foi a entrevista do ministro dos Negócios Estrangeiros, que podia falar de tantas coisas (...) foi falar de duas matérias que são exclusivo do primeiro-ministro».

«Há ministros que se têm enganado de mais, ministros que descobrem as coisas tarde, ministros que fazem declarações que não podem fazer, ministros que não fizeram nada desde que lá estão», especificou Carrilho.

Já Santana Lopes defende uma remodelação para já, considerando que Sócrates tem poder para isso, mas defende que o primeiro-ministro não tem de sair. «Aqui José Sócrates não tem que sair, mas acho que devia mudar o Governo praticamente todo. O ministro das Finanças é um caso gritante (...) está na cara que não pode ser com o mesmo ministro das Finanças».

Sobre Passos Coelho e eventuais eleições em Abril, Santana defendeu que «quem é líder sabe que se calhar eleições não é a melhor solução e Passos Coelho ir para o governo agora, mesmo pensando só no seu interesse egoístico, pegar nas rédeas da governação no meio de 2011? Bem, e um voluntário para o sacrifício».

«Era melhor não haver eleições , haver uma boa remodelação», defendeu.
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