Louçã preocupado com privatização das Águas de Portugal - TVI

Louçã preocupado com privatização das Águas de Portugal

Coordenador do Bloco de Esquerda visitou, esta segunda-feira, a Valorsul, onde defendeu uma menor dependência energética do país

Chegou atrasado ao encontro com os jornalistas para a visita à Valorsul, em Loures. Mas fez questão de cumprimentar os jornalistas que o esperavam, ao sol, à porta da empresa, um a um. Francisco Louçã dava assim início ao segundo dia oficial de campanha eleitoral, dedicado à temática ambiental.

«A Valorsul é uma das grandes empresas de tratamentos de resíduos. É uma das áreas em que se têm de tomar decisões estratégicas», disse Francisco Louçã, sublinhando que a empresa «trata 2 mil toneladas de resíduos por dia».

Mas a preocupação de Louçã em relação à Valorsul, inaugurada em 2000, pelo então ministro do Ambiente e Ordenamento do Território, José Sócrates (conforme documenta a placa de boas-vindas, logo à entrada), prende-se com questões mais economicistas e menos ambientais. «A Valorsul faz parte das Águas de Portugal. Se as Águas de Portugal fossem privatizadas, esta empresa corria o risco de também ser privatizada», alertou.

Louçã sublinhou que «nenhum país da Europa, excepto Inglaterra privatizou as suas águas». É, por isso, uma área onde se exige «prudência e onde se exige que se utilizem os melhores critérios tecnológicos, económicos e de respeito pelas populações».

Questionado pelos jornalistas sobre as propostas do Bloco para o ambiente, Francisco Louçã apelou à diminuição da dependência energética do país: «O que o Bloco tem proposto é uma política de energia que se concentra na diminuição do endividamento e portanto na auto-produção de capacidades energéticas com reconversão das nossas indústrias».
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