Emprego: Seguro espera que se respeite «limites» - TVI

Emprego: Seguro espera que se respeite «limites»

Líder do PS diz que cortar nestes mecanismos é «um mau caminho»

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O secretário-geral do PS afirmou hoje esperar que o Governo não ultrapasse o limite nas medidas que toma para rever os mecanismos de protecção social dos trabalhadores, advertindo que esse é «um mau caminho».

A posição de António José Seguro foi assumida após ter visitado centros de apoio social em Alfragide e na Buraca, no concelho da Amadora, depois de confrontado com a possibilidade de a troika impor que as indemnizações por despedimento baixem para oito a 12 dias de trabalho por ano.

Para o secretário-geral do PS, «é preciso que o Governo perceba que há um limite no que diz respeito à protecção social dos trabalhadores».

«Espero que esse limite não seja ultrapassado. Se o Governo tentar ir por essa via, vai no caminho errado e não contribuirá para que o país mantenha a coesão social que tem conservado ao longo de todo este tempo», advertiu o líder socialista.

A propósito desta questão, Seguro deixou mais uma série de avisos: «Não aconselho o Governo a ir por esse caminho, porque esse é um mau caminho».

«Não conheço a proposta [de redução das indemnizações por despedimento], mas Portugal tem um Governo que esteve reunido 11 horas [no domingo] e que disse que ia virar a página, começando a estimular o crescimento e o emprego. Só que as medidas que surgem são todas em sentido contrário», sustentou.

Na perspectiva do secretário-geral do PS, «outra receita deste Governo é dizer a uma geração qualificada de portugueses e aos professores para emigrarem».

«Este é um momento difícil, mas nós não podemos desistir do nosso país. Sei que o caminho é difícil, mas este é o momento da esperança, da confiança e da atitude de não baixar os braços, acreditando na capacidade e na inteligência dos portugueses. É isso que se exige de um Governo», contrapôs.

Em Alfragide e na Buraca, onde esteve acompanhado pelo presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo, António José Seguro visitou um cento da fundação AFID de apoio a cidadãos com deficiência e deslocou-se às obras de um futuro centro integrado desta mesma entidade.

O novo centro terá capacidade para acolher 60 idosos, possuindo uma creche para 30 crianças.

António José Seguro deixou rasgados elogios ao trabalho realizado por esta fundação e, no plano social, defendeu a necessidade de se ter uma visão integrada na utilização de recursos.

Seguro apontou ainda a Câmara da Amadora como «um exemplo» na estratégia de estabelecimento de parcerias com as associações de apoio social.
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