Governo diz uma coisa num dia e outra no seguinte - TVI

Governo diz uma coisa num dia e outra no seguinte

Mota Amaral, antigo presidente da Assembleia da República, afirma que é preciso «dar um desconto» nas declarações do Ministério das Finanças

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O antigo presidente da Assembleia da República Mota Amaral, do PSD, reconheceu, nesta quarta-feira, que o Governo tem cometido erros, como a TSU, e que um dia diz uma coisa e no seguinte outra.

«Tenho de dar um desconto nas declarações que vêm do Governo e em especial do Ministério das Finanças, porque se tem verificado que um dia é uma coisa e no dia seguinte já é outra», afirmou Mota Amaral, que pediu também uma mudança de discurso político em relação à crise financeira, à margem de uma ação de campanha do PSD para as eleições regionais açorianas de 14 de outubro.

«A aceitação da inevitabilidade da austeridade é negativa para Portugal e é indispensável que esse discurso também seja mudado por parte do discurso português», defendeu. «É indispensável, até para a saúde mental dos portugueses, que haja esperança», acrescentou.

Mota Amaral lamentou ainda a tentativa de alteração da Taxa Social Única. «O episódio da TSU é um erro de palmatória que foi corrigido logo a seguir», observou.

Admitindo que existem alguns erros na Governação, que o «povo reconhece», Mota Amaral sublinhou, no entanto, que o executivo PSD/CDS «tem vindo a emendá-los com humildade democrática».

Quanto ao Orçamento do Estado para 2013, Mota Amaral prefere «aguardar com paciência» o documento final, para o «poder adjetivar», antevendo «que irá haver muitas modificações até lá» no seu conteúdo.

Relativamente a Berta Cabral, candidata social-democrata às eleições de 14 de outubro, o também antigo presidente do Governo Regional açoriano, durante 20 anos, deixou um elogio.

«O discurso de Berta Cabral é um discurso de esperança e de vontade de mudar», sublinhou.
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