Não é «inteligente» discutir a liderança após vitória - TVI

Não é «inteligente» discutir a liderança após vitória

O dirigente socialista, Álvaro Beleza lamentou hoje a existência de alguma «esquizofrenia» na vida política

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O dirigente socialista Álvaro Beleza lamentou hoje a existência de alguma «esquizofrenia» na vida política, considerando que não é «muito inteligente» discutir a liderança de um partido após uma vitória eleitoral.

«Parece-me que a vida política às vezes sofre de alguma esquizofrenia, porque valoriza muito as análises e os analistas e menos os resultados», disse Álvaro Beleza, membro do secretariado nacional do PS contactado pela Lusa após o anúncio do presidente da câmara de Lisboa, António Costa, de que está disponível para disputar a liderança do partido.

Recordando a vitória do PS e a «enorme derrota do Governo» nas eleições europeias de domingo, Álvaro Beleza disse que não lhe «parece muito inteligente após uma vitória eleitoral discutir a liderança».

«Mas cada um sabe daquilo que acha que deve fazer, eu tenho consideração pelo doutor António Costa, é um dos melhores quadros e dirigentes do PS, ele lá saberá, agora sempre que há debate político por ideias é bem positivo, é sempre bem-vindo o confronto de ideias», enfatizou.

Álvaro Beleza assegurou ainda que encara com «muita tranquilidade» a discussão interna, sublinhando que tem muito orgulho e sente-se muito honrado por estar ao lado do secretário-geral do PS, António José Seguro, que conhece há quase 30 anos, e em que confia.

«É um homem de ideais, de convicções, uma pessoa séria, honesta, íntegra, e cá estarei com muita tranquilidade para defender a causa por que já nos batemos há muito tempo que é esta, acima de tudo a ética republicana e um PS na velha tradição socialista de coletivo, de jogo de equipa e menos de vaidades individuais», referiu.

«Daquilo que conheço o António José Seguro posso garantir uma coisa: nós não temos medo, estamos de cara lavada, em pé, a defender as nossas convicções, portanto, sempre preparados para o que seja necessário para defender a social-democracia, para defender uma boa governação do país, com verdade, com honestidade e com todos, inclusiva, que não deixe ninguém de fora, estamos tranquilos», acrescentou.
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