O regresso «aos tempos de miséria e opressão» - TVI

O regresso «aos tempos de miséria e opressão»

PCP considera que «novas medidas» abrem «uma nova fase na luta de massas»

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O PCP afirmou este sábado que Portugal está a viver um regresso «aos tempos de miséria e opressão» do Estado Novo e que as novas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo abrem «uma nova fase na luta de massas», escreve a Lusa.

Numa declaração no final de um encontro nacional de quadros, na Casa do Alentejo, em Lisboa, o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, defendeu que o povo português se encontra neste momento confrontado com uma questão.

«Ou se conforma com a destruição pedra a pedra dos seus direitos, das suas condições de vida, do seu presente e futuro, ou se levanta e luta pela salvação do país, pela derrota de todas e cada uma das medidas que o Governo, a União Europeia e o grande capital querem impor ao país», disse.

«Depois dos PEC, do pacto de agressão, do programa de Governo e da declaração do primeiro-ministro na passada quinta-feira, entramos numa nova fase da luta de massas», considerou.

Neste contexto, o líder do PCP apelou para a participação na semana de luta convocada pela CGTP-IN, que decorrerá entre 20 e 27 de Outubro, apontando-a como «uma importante etapa, num processo que convoca todos os democratas e patriotas para derrotarem este rumo de desastre, abrir caminho a uma ruptura com a política de direita, afirmar um Portugal com futuro».

O líder dos comunistas referiu tratar-se de uma luta «que terá de prosseguir, intensificar-se e alargar-se com a sua descentralização e multiplicação, com novas e mais fortes jornadas de convergência».

Jerónimo de Sousa disse que as medidas de austeridade anunciadas por Pedro Passos Coelho para o próximo Orçamento do Estado, «configuram isso sim um programa de liquidação de direitos, de subversão da legislação laboral, de empobrecimento geral do povo português, de entrega ao grande capital nacional e estrangeiro de importantes empresas e recursos nacionais» e o retorno a «um passado de miséria, de exploração e dependência que marcou os tempos do fascismo».

«O grande capital nunca está satisfeito, nunca se conformou com o avanço libertador que constitui a Revolução de Abril. Este acerto de contas com o passado empurra os direitos laborais para os tempos da miséria e da opressão que marcaram o período fascista», advogou.

No entanto, «tal como a Revolução de Abril derrotou essa realidade», acrescentou Jerónimo, «também agora se impõe a derrota do pacto de agressão».

«Podem estar certos de que a ofensiva que está em curso, os trabalhadores e o povo português saberão responder com a sua indignação, o seu protesto e a sua luta, lutar contra estas medidas, pela rejeição do pacto de agressão, e um imperativo patriótico e uma exigência que se coloca a todos os democratas», concluiu.
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