Partidos reagem à revisão em alta do défice - TVI

Partidos reagem à revisão em alta do défice

PSD considera que é um motivo para penalizar o PS nas próximas eleições e BE aproveita para criticar as parcerias publico-privadas

Para o PSD, o défice agora agravado deve servir de motivo para penalizar o PS no próximo dia 05 de Junho. Isso mesmo considerou Miguel Macedo, antigo líder parlamentar do PSD, em declarações aos jornalistas, ao início da noite deste sábado.

«Estes valores tornam claro quais os critérios de julgamento nas próximas eleições de 05 de Junho. Ao fim de seis anos, o Governo do engenheiro Sócrates tem para mostrar como saldo da sua governação este rol imenso de desgraças. O maior défice de sempre da democracia, o maior endividamento de sempre da democracia e a maior taxa de desemprego da democracia», disse Miguel Macedo.

Já o BE considerou que a revisão em alta do défice agora anunciada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), de 8,6 para 9,1 por cento, demonstra como as Parcerias Público-Privadas são um «esqueleto no armário».

«Esta notícia vem mostrar como as Parcerias Público-Privadas são realmente um esqueleto no armário», afirmou o deputado do BE José Gusmão.

José Gusmão renovou as críticas às parcerias público-privadas que têm sido contratadas, considerando que se trata de uma forma do Governo «facultar negócios milionários a alguns grupos», apontando como exemplo a Mota-Engil.

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, considerou que «uma política de omissão e de dissimulação das contas públicas» vai ter um preço que «é terrivelmente injusto».

«É que os sacrifícios que foram pedidos aos cidadãos e às empresas no PEC 1, no PEC 2 e no PEC 3, afinal foram quase todos inúteis», salientou Portas, acrescentando que «esses sacrifícios serviam para pôr o défice na casa dos 7 por cento, e afinal vai ficar acima dos 9 por cento, mesmo com uma receita extraordinária».

O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu, este sábado, em alta o défice de 2010para 9,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), resultado do impacto de três contratos de parcerias públicas privadas (PPP). No final de março, o défice orçamental de 2010 havia sido atualizado para 8,6 por cento.
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