Passos quer adopção mais simples - TVI

Passos quer adopção mais simples

Líder do PSD admite ainda criar um «sistema de emergência infantil»

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O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, defendeu esta quarta-feira que é possível «melhorar muito as condições da adopção em Portugal», considerando que actualmente «o Estado dificulta o processo de adopção» a muitas famílias.

Por outro lado, durante uma visita ao Refúgio Aboim Ascensão, em Faro, o presidente do PSD declarou-se «inteiramente disponível» para criar um «sistema de emergência infantil» que seja «verdadeiramente uma rede nacional» composta por esta e por outras instituições de acolhimento de crianças em risco.

Pedro Passos Coelho fez estas declarações depois de o director do Refúgio Aboim Ascensão, Luís Villas-Boas, o ter desafiado a criar «um sistema nacional de emergência infantil - não um serviço, um sistema» e ter defendido que «há que repensar e ir mais além na adopção».

Quanto à adopção, o presidente do PSD ressalvou que «o Estado tem uma responsabilidade indeclinável» e «tem de ser criterioso».

«Mas, por vezes, o Estado cria uma malha tão complexa e tão difícil que muitas crianças podiam ter uma adopção em tempo útil e acabam por não ter, e há muitas famílias que andam à procura de ter condições para acolher crianças, em risco, até, e a quem o Estado dificulta o processo de adopção», considerou Passos Coelho.

«Portanto, sem querer pôr em causa a grande responsabilidade com que este processo deve decorrer, a verdade é que nós podemos melhorar muito as condições da adopção em Portugal para que as crianças possam ter uma resposta social mais à altura das necessidades. E, sobretudo, não estarem institucionalizadas, poderem crescer com o amor de uma família. Isso é muito importante», concluiu.

Durante a visita, que começou com uma hora de atraso e durou cerca de quinze minutos, Pedro Passos Coelho fez questão de prestar «uma homenagem pública» ao trabalho de Luís Villas-Boas naquela instituição.

Primeiro-ministro se ganhar

Passos Coelho reafirmou ainda que só será primeiro-ministro se o PSD ganhar as eleições legislativas, excluindo a possibilidade de formar um Governo de coligação com o CDS-PP, em caso de vitória do PS.

Durante um almoço de campanha em Castro Marim, no Algarve, o presidente do PSD pediu aos seus apoiantes que espalhassem esta mensagem: «Não quis ir para o Governo com o PS e não irei coligar-me com o PS a seguir às eleições. Só serei primeiro-ministro se ganhar essas eleições e se o país quiser que eu seja primeiro-ministro».
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