PS: Portas «desautorizou» o primeiro-ministro - TVI

PS: Portas «desautorizou» o primeiro-ministro

Miguel Lanrajeiro

Miguel Laranjeiro considera que líder do CDS passou «um atestado de incompetência» a Passos Coelho e Vítor Gaspar

O secretário nacional do PS defendeu que o primeiro-ministro saiu desautorizado pela relevação feita por Paulo Portas de que discordou das alterações à Taxa Social Única (TSU).

Em declarações à agência Lusa, Miguel Laranjeiro afirmou que a revelação feita este domingo pelo presidente do CDS-PP representa uma «desautorização do primeiro-ministro», porque essa medida exigia, pelo menos, um acordo entre os dois partidos da coligação.

«Anunciar o aumento da TSU para os trabalhadores, como fez o primeiro-ministro, exigia a concertação e o apoio de todo o Governo, o que hoje ficou evidente que não aconteceu», assinalou Miguel Laranjeiro.

Segundo o deputado e secretário nacional do PS para a organização, «ao não concordar com a medida, o ministro Paulo Portas passa também um atestado de incompetência e de impreparação ao primeiro-ministro e ao ministro das Finanças».

Em síntese, para o PS, o «folhetim da TSU» mostra que o Governo PSD/CDS-PP se encontra num estado de «fragilidade e desnorte» e que se tornou «fator de instabilidade», o que, «num momento difícil para Portugal, era a última coisa de que o país e os portugueses precisariam».

Questionado sobre o facto de Paulo Portas ter alegado que não existe uma alternativa de Governo credível em Portugal, Miguel Laranjeiro respondeu que «em democracia há sempre alternativas.

Quanto ao estado da coligação, o socialista sustentou que anteriormente já existiram outras «divergências graves» entre PSD e CDS-PP, dando como exemplo a RTP e a lei eleitoral autárquica.

Miguel Laranjeiro insistiu para que «o Governo arrepie caminho» e recue nas alterações à TSU, argumentando que estas «não têm o apoio de nenhum setor da sociedade portuguesa».
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