Secretas: há mais um nome do Governo

Há mais um nome envolvido no caso das secretas: Marco António Costa, secretário de Estado da Segurança Social e homem forte do aparelho partidário no PSD.

O jornal Expresso diz hoje que Marco António, tal como Miguel Relvas são os dirigentes partidários referidos na acusação e que o ex-espião Jorge Silva Carvalho os contactou para se tentar promover.

Os dois contactados pelo ex-espião Jorge Silva Carvalho, no ano passado em plena época de eleições antecipadas e quando era quadro da Ongoing, com o mesmo objetivo: mover influências para ser designado secretário geral do SIRP.

Diz o Expresso que na acusação do Ministério Público há referência a várias mensagens escritas enviadas a Miguel Relvas, mas também a Marco António, atualmente secretário de Estado da Segurança Social e à época vice-presidente do PSD.

Marco António terá recebido Silva Carvalho pouco depois de ter sido nomeado para o Governo para uma conversa sobre o regresso do quadro da Ongoing às secretas. De resto os dois são apontados como pertencendo a lojas maçónicas próximas.

Estes dirigentes partidários estavam também na lista de destinatários de informação classificada do SIED De acordo com o jornal Público, relatórios confidenciais foram enviados também para grandes empresas, como a GALP, a EDP, o BCP e a Portugal Telecom.

Os partidos da oposição têm exigido explicações do Governo e o Bloco de Esquerda levou o tema ao debate quinzenal.

O primeiro-ministro nada respondeu, mas foi confirmado à TVI que, no final do debate, Passos Coelho e Louçã trocaram impressões sobre o caso das secretas.

O envolvimento do nome de Miguel Relvas é incómodo para o Governo, já que fragiliza o homem que funciona como braço direito do primeiro-ministro e que dá a cara pela coordenação política de todo o executivo. Relvas vai ser ouvido sobre o caso no Parlamento, esta terça-feira.