Troika: «Letras pequenas e números grandes» - TVI

Troika: «Letras pequenas e números grandes»

Francisco Louçã diz que Portugal passou de «endividado a endividadíssimo» com a ajuda externa e apela: «não podemos cruzar os braços»

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O coordenador do Bloco de Esquerda (BE), Francisco Louçã, considerou, esta quarta-feira à noite, que o acordo assinado com a troika é um «contrato com letras pequeninas e dos números grandes», alegando que Portugal passou de «endividado a endividadíssimo» com o pedido de ajuda externa.

Louçã diz que o dinheiro do empréstimo, a juros extorsionários, «não chega a entrar na economia portuguesa». «Grande parte vai para os credores e a outra para o sistema financeiro», disse, em Évora, no segundo comício do dia.

«Começou hoje rios de dinheiro, charters de dinheiro, agora eles vão chegar. Recebem 78 [mil milhões de euros], não vêem os 78 porque eles vão para o sistema financeiro, não passa por vocês, não vos ajudará, mas a dívida é vossa e são 110», disse, dirigindo-se à plateia e referindo-se à primeira tranche da ajuda externa.

O coordenador do Bloco criticou os opositores pela forma como estão a fazer campanha, que «não estão a ajudar o país». «Espelho meu, espelho meu, quem é mais desonesto do que eu», disse, ironizando sobre as críticas mútuas entre PS e PSD.

E houve lugar até uma referência especial à performance de Pedro Passos Coelho, que esta quarta-feira cantou uma canção das Doce. «Hoje apareceu também (...) uma velha glória do cançonetismo dos anos 80 para poder ilustrar de alguma forma o que um candidato tem a dar ao país», ironizou.
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