«Imigração é solução para a Europa»

Vital Moreira desdobrou-se em entrevista e nesta segunda-feira surge em três locais diferentes: aos jornais «Público» e «I», bem como à agência Lusa. A necessidade de vitória é uma evidência, pelo que o candidato às europeias pelo Partido Socialista tem as suas metas bem definidas.

As suas prioridades estão bem definidas: «Como eurodeputado eleito por Portugal tenho duas missões essenciais. Por um lado, contribuir para uma Europa mais forte, para uma União mais eficiente e mais democrática, com mais peso no mundo. Por outro, ter em conta as especificidades do nosso país no contexto da União: um país de convergência, com regiões ultraperiféricas e que é fronteira externa da União», vincou, ao «I».

Sem fugir a polémicas, também fala de imigração: «A Europa não pode prescindir da contribuição que os imigrantes trazem. Os sistemas de segurança social estariam em risco se não fosse a contribuição dos trabalhadores imigrantes. Só posso ser a favor de um modo positivo de encarar a imigração. Uma imigração com direitos que se sinta integrada na Europa. Não creio que a imigração seja um problema, é uma solução».

Mas Vital não pode fugir das questões do plano interno. Diz não ter dúvidas sobre quem o insultou na manifestação do 1º de Maio e fala da necessidade de vencer as eleições europeias para poder ajudar o Governo. Para si, aliás, basta «ganhar as eleições, por mais um voto, mais um deputado», como disse ao «Público». De resto, «o PS não teme ser julgado nas eleições europeias».

Rejeitando coligações, diz que as ligações à esquerda ainda são mais complicadas. «Em Portugal, não há condições para coligações à esquerda, porque a esquerda para além do PS é anti-sistémica, de protesto, de contra poder, não quer assumir compromissos e, quando os assume, não tarda em romper, como aconteceu no caso da Câmara de Lisboa com o Bloco de Esquerda», disse à agência Lusa, acrescentando que um entendimento com o PSD lhe parece inviável.