Accionistas adiam solução no BCP para os próximos meses - TVI

Accionistas adiam solução no BCP para os próximos meses

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A AG do BCP foi inconclusiva e a actual crise de liderança mantém-se.

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Duas reuniões de accionistas depois, a de 28 de Maio e a de esta segunda-feira, que terminou a que tinha sido suspensa no passado dia 6 de Agosto, deixou tudo como estava. Todas as propostas para deliberação foram retiradas, não se chegando a votar nenhum ponto previsto. Conclusão: a solução para a crise que tem oposto os apoiantes de Jardim Gonçalves e de Paulo Teixeira Pinto, fica adiada para os próximos meses.

Foram cerca de 2h30 de trabalhos, onde apenas se acabaram por ouvir as interpelações prévias e as considerações finais, nomeadamente com as intervenções e esclarecimentos de Paulo Teixeira Pinto e Jardim Gonçalves, este último que se pronunciou numa AG pela primeira vez.

Inconclusiva porque os pontos 1, 2, 6 e 7 foram retirados pelos apoiantes de Paulo Teixeira Pinto, enquanto a Teixeira Duarte retirou os pontos 3 e 4. Recorde-se que o ponto 5 já tinha caído na anterior reunião de accionistas, o que, no conjunto, esvaziou esta AG de conteúdo.

Mantém-se governação dualista

Quer isto dizer que, para já, e embora com promessas de serenidade nas relações entre os dois órgãos sociais (Conselho Geral de Supervisão liderado pelo fundador do banco e Conselho de Administração onde se mantém à frente Paulo Teixeira Pinto) a disputa pela liderança se mantém nos bastidores.

Do final deste encontro ficou a ideia de que os próximos meses serão de trabalho numa tentativa de apoiantes de um lado e de outro chegarem a um consenso. Uma próxima AG até ao final de Outubro, devidamente convocada, também está em cima da mesa e, quanto muito, esta definição de poder dentro do banco poderá vir a ser alcançada em Março de 2008, na reunião anual de accionistas, onde terão mesmo que se eleger os novos membros para o Conselho de Administração, dado que o mandato de Paulo Teixeira Pinto termina em Dezembro deste ano, um ano antes do de Jardim Gonçalves.

Refira-se que esta AG, que foi convocada pelo chamado Grupo de Sete (composta pela Fundação Berardo, Sogema, SGC, Manuel Fino, Diogo Vaz Guedes, Filipe Botton e Vasco Pessanha), tinha como objectivo alterar os estatutos do banco e o seu modelo de governação. Actualmente este é um modelo dualista, onde convivem Conselho de Administração e Conselho Geral e de Supervisão. A proposta passava por um modelo monista, de onde do Conselho de Administração sai uma Comissão Executiva e um Conselho Fiscal.
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