Governo mantém-se irredutível na Ota e quer cumprir calendário

O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, garantiu esta terça-feira que, apesar das críticas, o novo aeroporto da Ota é mesmo para avançar, com o prazo de conclusão apontado para 2017.



«O processo está em marcha e os calendários são para cumprir», disse o ministro à margem da 15.ª edição das Conferências da Associação das Empresas de Construção das Obras Públicas (AECOPS), que decorreu em Lisboa.

Interrogado sobre os riscos de sobrelotação dentro de 20 ou 30 anos após a sua conclusão, Mário Lino citou especialistas que, «nesta matéria, garantem que o novo aeroporto da Ota tem capacidade para receber 50 milhões de passageiros por ano» e sublinhou que o concurso para a exploração da infraestrutura, que deverá custar 3 mil milhões de euros, vai mesmo avançar no segundo semestre deste ano.

Quanto às reservas ao projecto apontadas pelos membros do PS, Jorge Coelho e Vera Jardim, o ministro das Obras Públicas negou críticas e recusou fazer comentários sobre outras possíveis localizações: «O processo está em marcha. O aeroporto da Portela está à beira da ruptura e, após fundamentos técnicos que julgamos adequados, não há nenhuma razão para haver alteração no projecto da Ota», referiu.

Centro da Força Aérea sai da Ota em 2010

No encerramento das conferências da AECOPS, e depois do presidente da associação, Joaquim Fortunato, ter lembrado que o sector da construção «necessita de relançamento no investimento público», Mário Lino confirmou a transferência do Centro de Instrução da Força Aérea, actualmente localizado na OTA, para Ovar em 2010.