Abel Mateus alerta que apreciação de fusão BCP/BPI pode ser morosa

O presidente da Autoridade da Concorrência (AdC) alertou esta manhã que a apreciação pelo regulador de uma eventual fusão entre o BCP e o BPI pode ser prolongada e morosa, ao contrário do que o mercado pode esperar.

Abel Mateus, que falava à margem da II Conferência de Lisboa «O Direito e a Economia da Concorrência», promovida pela própria AdC, admitiu que tem já algum conhecimento do sistema bancário em Portugal, mas lembrou que «o processo de remédios é sempre prolongado e moroso».

O mercado tem a expectativa de que a análise de uma proposta de fusão, a acontecer, entre os dois bancos, seria rápida, uma vez que a AdC teve já uma vez de fazer uma análise semelhante, aquando da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo BCP sobre o BPI.

No entanto, esta semana em entrevista à «Bloomberg», Abel Mateus garantiu estar preparado para tomar uma decisão rápida caso o Banco BPI e o Banco Comercial Português avancem com a fusão. «Não existem dúvidas que já analisámos o sector e estamos melhor preparados para tomarmos uma decisão rapidamente», alertou.

As acções do BCP seguem a cair 0,32% para os 3,09 euros e as do BPI desvalorizam 0,37% para os 5,45 euros.