A Deco/Proteste quer que o Banco de Portugal (BdP) actue imediatamente na caso do Banco Popular (BP) que está a impor uma revisão mensal das taxas de juro em todos os empréstimos à habitação contratados em Portugal.
A notícia foi avançada esta quarta-feira pelo «Público», que provocou a reacção da Associação de Defesa do Consumidor. «É uma aplicação favorável ao banco e é totalmente inaceitável. O BdP tem que intervir de imediato e, para isso, não pode levar semanas ou meses», referiu o director da Deco/Proteste, Pedro Moreira, à Agência Financeira.
A mesma fonte garante que têm estado a tentar contactar o BdP, sem qualquer retorno até ao momento.
Quanto ao Banco Popular, a associação diz estar à espera do agendamento de uma reunião com responsáveis do mesmo, a fim de perceber as razões que estão por detrás desta imposição. «A argumentação que foi dada até agora não pode ser vista de uma forma cega. É uma revisão unilateral do contrato», comentou Pedro Moreira, sublinhando que é uma atitude inadequada seja do ponto de vista «jurídico como comercial».
E acrescentou: «O Banco Popular dá uma mensagem muito negativa dado o momento incerto sobre as taxas de juro e põe em risco o orçamento familiar dos portugueses».
O responsável da Deco afirmou ainda à AF que, «caso esta situação se mantiver indefinida, vão recomendar a concorrência».
Pedro Moreira alerta que esta é «mais um caso que demonstra que os consumidores têm de estar atentos e acompanhar as condições do crédito à habitação».
A Agência Financeira entrou em contacto com o BdP, mas até à hora não foi possível obter qualquer tipo de reacção.
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Deco quer intervenção de Constâncio no caso do Banco Popular
- Marta Dhanis
- 12 dez 2007, 12:25
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Em causa está a imposição de uma revisão mensal dos juros por parte do BP
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