O presidente do Banco Espírito Santos (BES), Ricardo Salgado, não esperava que a actual crise, desencadeada pelo subprime norte-americano, durasse tanto como está a durar. E não vê a luz ao fundo do túnel.
Em declarações aos jornalistas à margem da assinatura dos protocolos para a linha de crédito PME Investe, o responsável admitiu que, «no final do ano passado, a esperança era de que durante o primeiro semestre (deste ano) esta crise tivesse passado, mas a verdade é que isso ainda não aconteceu».
Para Ricardo Salgado, «enquanto o preço do petróleo continuar a este nível e as commodities continuarem muito elevadas» será «muito difícil que a crise possa abrandar», sobretudo porque os elevados preços pressionam o Banco Central Europeu (BCE) a subir as taxas de juro «e isso dificulta a actividade económica».
Numa altura em que as opiniões sobre a tendência futura do preço do petróleo se dividem, Ricardo Salgado não tem grandes dúvidas sobre para qual dos lados pender: «Há muita especulação em torno da possibilidade de o preço do crude ascender aos 200 dólares por barril, mas há também quem diga que existe uma enorme bolha no petróleo e que podemos assistir a uma queda abrupta da cotação. Eu não acredito tanto nisso, acredito que possamos assistir ainda a uma redução sensível (em baixa) mas não me parece» que vamos assistir a uma grande queda.
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Ricardo Salgado: crise não abranda enquanto petróleo for caro
- Paula Martins
- 8 jul 2008, 19:42
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Banqueiro esperava que crise durasse menos
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