Nissan/ Renault avançam com veículos de «emissão zero»

O construtor automóvel japonês Nissan e o seu accionista francês Renault formaram uma parceria com o Estado norte-americano do Tennessee, onde implantaram a sua nova sede regional, para promover veículos de «emissão zero» de gás carbónico.

Este anúncio insere-se no âmbito do programa de desenvolvimento em cinco anos de viatures não poluentes, anunciado em Maio pela Nissan, avança a «Lusa».

O construtor quer lançar os seus veículos de «emissão zero» de CO2 nos Estados Unidos, em 2010, e no resto do mundo, em 2012.

A parceria com as autoridades do Tennessee prevê a promoção destes veículos e o empenhamento em «explorar pistas para as quais o Estado pode favorecer o desenvolvimento de infra-estruturas para os veículos, nomeadamente terminais de recarga em locais públicos».

As modalidades financeiras da parceria não foram divulgadas. O projecto prevê a participação de outros parceiros como a empresa pública Tennessee Valley Authority (TVA), um dos maiores produtores mundiais de electricidade de origem hidráulica.

Parceiros podem ser alargados

A Renault-Nissam não limita o seu programa de viaturas não poluentes, baptizado de ZEV (sigla inglesa de «veículo de emissão zero») só aos Estados Unidos. O grupo lançou recentemente projectos similares em Portugal, Israel e Dinamarca.

Recorde-se que, a 9 de Julho, Portugal tornou-se num dos primeiros mercados mundiais onde serão introduzidos os modelos de veículos eléctricos da aliança Renault-Nissan, no âmbito do memorando de entendimento que o Governo de Lisboa assinou com o grupo.

A Renault-Nissan vai comercializar em larga escala veículos eléctricos para os consumidores portugueses a partir de 2010.

A cerimónia de assinatura do memorando de entendimento contou com as presenças do primeiro-ministro, José Sócrates, do ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, e do presidente e CEO da Nissan e da Renault, entre outros.

O Governo português vai estudar conjuntamente com a Renault-Nissan a forma de criar condições adequadas para os veículos eléctricos serem uma oferta atractiva para os consumidores portugueses, as infra-estruturas e organizações necessárias para criar uma ampla rede de estações de carga para os veículos eléctricos, a nível nacional, e identificar os canais mais eficazes de comunicação e educação para sensibilizar para a importância destes modelos, que permitem reduzir as emissões.

Em declarações à agência, o presidente da Associação dos Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), Pedro Valente de Almeida, disse então acreditar que «o futuro é dos carros eléctricos» e a indústria portuguesa só terá futuro se apostar em nichos de mercado.