Fogem dos certificados de aforro 7,2 milhões de euros por dia - TVI

Fogem dos certificados de aforro 7,2 milhões de euros por dia

Certificados de Aforro

já perderam, em apenas sete meses, um total de 1.534 milhões de euros

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A factura das alterações que o Governo efectuou, em Janeiro, na estrutura dos certificados de aforro não pára de aumentar. Quando parecia que a fuga de aforradores estava a abrandar, nos últimos dois meses regressou o ritmo mais acelerado dos saldos negativos entre as entradas na nova série (a única aberta a subscrições) e as saídas das séries A e B (cujos juros sofreram um corte e as novas entradas foram bloqueadas.)

Em Agosto, entraram neste produto de poupança, que no final do ano passado estava na posse de 700 mil portugueses, 90 milhões de euros. As saídas cifraram-se em 214 milhões, resultando num saldo líquido negativo de 124 milhões de euros. Este valor é uma ligeira aceleração face ao mês anterior e representa um regresso ao ritmo de perdas dos primeiros meses em que vigoraram as novas regras, avança o «Diário de Notícias».

Perdas

Em termos globais, os certificados de aforro já perderam, em apenas sete meses, um total de 1.534 milhões de euros. Um valor que traduz saídas diárias deste produto de 7,2 milhões. Por hora, a perda cifra-se em 300 mil euros. Números, baseados no boletim mensal do Instituto de Gestão de Crédito Público (IGCP) publicado sexta-feira, que dirão respeito quase na totalidade às antigas séries, precisamente aquelas que sofreram uma quebra de competitividade devido às alterações nos juros.

Aos 1.534 milhões de euros em saídas entre Fevereiro e Agosto juntam-se os 686 milhões de entradas na nova série durante o mesmo período, resultando num saldo líquido negativo de 848 milhões. O número que serve de balanço à decisão do Ministério das Finanças em alterar as regras em vigor neste produto. O volume total sob gestão está, agora, nos 17.399 milhões de euros.

A 23 de Janeiro, o Governo criou a nova série com uma fórmula de cálculo dos juros que visava acompanhar de mais perto a evolução da taxa de referência (Euribor). Em paralelo, as séries A e B viram a sua própria fórmula de cálculo reduzida de 80% para 60% da última cotação mensal da Euribor. Por outro lado, o prémio de permanência ficou menos atractivo, já que passou a estender-se ao longo de 10 anos até aos 2,5% e totalmente reembolsável nesse momento. Antes, o prémio máximo era de 2%, mas obtido logo no final do quarto ano. E acumulava até ao fim da permanência no produto.
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