Portugueses: tantos ou mais carros daqui a 10 anos - TVI

Portugueses: tantos ou mais carros daqui a 10 anos

O futuro vai ser assim

Condutores não põem em causa a utilização do automóvel

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Os condutores nacionais acreditam que, daqui a dez anos, haverá tantos ou mais carros do que actualmente. É razão para dizer que a subida do preço do petróleo e consequente aumento dos combustíveis não assusta os portugueses, que não põem em causa a utilização do automóvel.

Apesar das ameaças que pesam sobre o petróleo e de uma sensibilidade ambiental acrescida, o lugar do automóvel não é considerado como susceptível de ser posto em causa. Praticamente ninguém imagina uma diminuição do número de veículos a longo prazo. Aliás, quase noventa por cento (87%) dos automobilistas portugueses mostra-se confiantes na possibilidade de, numa projecção a dez anos, haver tantos ou mais automóveis do que actualmente, de acordo com o estudo automóvel do Observador Cetelem. Tanto os portugueses como os espanhóis se mostram mais optimistas nesta matéria, sendo os alemães mais pessimistas.

Esta visão optimista quanto ao futuro do automóvel na vida dos portugueses explica-se também pela confiança numa possível maior libertação da actual dependência do petróleo. 88% dos condutores no nosso país são unânimes em afirmar que dentro de dez anos existirão soluções energéticas mais eficazes em alternativa aos motores de combustão a gasolina e isto acontece no conjunto dos países europeus.

Híbrido reúne maior consenso

No entanto, os esforços dos construtores em matéria de pesquisa de soluções de substituição dos combustíveis de origem petrolífera são considerados insuficientes pela maioria. Existe manifestamente, neste aspecto, um défice de imagem dos construtores de automóveis, uma falta de visibilidade das suas acções e, portanto, uma certa vulnerabilidade face à eventual chegada de novos intervenientes susceptíveis de criarem tecnologias inéditas. A priori, não é dos construtores que se espera a inovação tecnológica.

O automóvel com motor híbrido é a solução que reúne um maior consenso (31% dos inquiridos) entre as alternativas equacionadas, com maior possibilidade de emergir no mercado, num futuro próximo. Conclui-se, portanto, que entre os condutores nacionais e até em Espanha não existe, nem uma preocupação real quanto ao futuro do automóvel, nem quanto à possibilidade de ver emergir uma solução tecnológica em substituição aos combustíveis derivados do petróleo. Pelo contrário, e provavelmente por razões históricas, o Cetelem diz que o hidrogénio é uma hipótese bastante citada pelos italianos e o gás pelos alemães.

Já o motor eléctrico vence claramente em França e em Espanha, mas menos no Reino Unido e em Portugal. Em Itália, surge ligeiramente atrás do hidrogénio, sendo esta última solução privilegiada na Alemanha.
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