«Há clubes de futebol sem condições de sobrevivência»

Para o presidente da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC), Domingues de Azevedo, há muitos clubes de futebol que «não têm condições de sobrevivência», o que leva aos actuais atrasos nos ordenados dos futebolistas.

«Há muitos clubes que não têm fluxos de receitas capazes de garantir os custos permanentes que têm e depois assiste-se a um momento de ruptura», revela o responsável em declarações à Agência Financeira, à margem do Congresso Internacional do Mundo Latino, que se está a realizar esta sexta-feira na antiga FIL.

Uma posição do dirigente da CTOC que surge das declarações do presidente da Liga de Futebol, Hermínio Loureiro, que defende que os clubes com ordenados em atraso fiquem de fora das competições oficiais.

«Em muitos clubes estamos perante uma condição desequilibrada e não é possível mantê-la a funcionar eternamente», acrescenta à AF, Domingues de Azevedo.

Recorde-se que a CTOC tem vindo a defender uma fiscalização mais apertada nos clubes de futebol devido às elevadas verbas envolvidas. «Temos vindo a intervir no domínio das publicações e sempre que é solicitada pelas instituições, mas a presença de um técnico nestes casos (ordenados em atraso) não resolve as situações mas pode funcionar como uma espécie de aviso», salienta.

Quanto à falta de transparência nas transferências dos jogadores, Domingues de Azevedo diz apenas que «tem melhorado mas há ainda muita coisa a fazer».