Desempregados na indústria e construção quase duplicam

Os desempregados do sector da indústria e da construção inscritos nos centros de emprego praticamente duplicaram em Abril.

Segundo os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) divulgados esta quinta-feira, face ao período homólogo registou-se um agravamento de 92,9 por cento no grupo de operários e trabalhadores similares da indústria extractiva e construção civil.

Quando já se sabe que houve um crescimento de 27,3% no total de desempregados para as 491.635 pessoas no mês passado, o IEFP explica que os trabalhadores que perderam o posto de trabalho na metalurgia e metalomecânica, os condutores de veículos, os operadores de equipamentos pesados móveis e os não qualificados das minas e da indústria transformadora também aumentaram em mais 40% no mesmo período.

Já com menos desemprego do que há um ano estão as classes dos professores: os docentes do ensino secundário e superior recuaram 31,7%, ao passo que os profissionais de nível intermédio do ensino decresceram 10,6%.

Desempregados inscritos disparam 27% para 491 mil em Abril

Considerando a actividade económica de origem do desemprego, dos 440.771 desempregados que no final do mês se encontravam inscritos como candidatos a novo emprego, nos centros de emprego, 57,6% eram oriundos de actividade do sector dos «serviços», onde continuam a prevalecer as actividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio e o comércio por grosso e a retalho; 37,6% provinham do sector da indústria com destaque para a construção e 3,7% do sector agrícola.

Por regiões, o maior crescimento ocorreu no Algarve, com mais 66,7% de inscritos nos centros de emprego do que em relação ao período homólogo, seguido da região da Madeira, com mais 35%.

Mais de 9 mil ofertas de emprego

As ofertas de emprego recebidas pelo IEFP são claramente abaixo dos níveis de desemprego. O total de Abril foi de 9.318, número inferior em 12,5% quando comparado com o período homólogo e em 4,2% face ao mês de Março.

O maior número de ofertas registadas foram para as áreas de alojamento, restauração, actividades imobiliárias e administrativas, comércio por grosso e a retalho e a construção. Estes ramos de actividade representaram 59,1% do total de ofertas recebidas ao longo de Abril.