A Jotex avançou com o pedido de insolvência mas os cerca de 60 funcionários da fábrica de malhas de Espinho continuam em vigília à porta da empresa, disse esta sexta-feira à agência Lusa fonte sindical.
A fonte salientou que os trabalhadores querem garantir que as máquinas não são vendidas antes de verem assegurados e pagos os seus direitos e realizada a assembleia de credores.
A delegada sindical e funcionária da casa há quatro anos, Arminda Neves, explicou as razões da vigilância à empresa: «Os patrões criaram dentro da fábrica umas paredes em pladur e atrás esconderam as máquinas, para fazer de conta que elas não existem.»
«Como a assembleia de credores só vai realizar-se dentro de dois meses», adiantou, «vamos continuar em vigília até nos dizerem o que é feito das máquinas».
O objectivo, disse, é impedir que esse equipamento possa ser «vendido ou transferido para outra empresa» antes que sejam assegurados os direitos dos trabalhadores, alguns com mais de 40 anos de serviço.
Pede-se regularização de Segurança Social
Os trabalhadores da Jotex reclamam também, da administração da empresa, a correcção das declarações a entregar à Segurança Social na sequência do processo de insolvência.
«Na papelada que nos deram para o fundo de desemprego», refere Arminda Neves, «só assinalaram 428 euros, que era o nosso ordenado, mas têm que declarar pelo menos o salário mínimo nacional, que é de 450 euros».
A Jotex esteve em funcionamento até dia 27 de Fevereiro, quando a administração da empresa comunicou ao pessoal que a produção ia ser suspensa até 16 de Março.
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Malhas: Jotex pede insolvência mas vigília mantém-se
- Redação
- RPV
- 13 mar 2009, 17:36
![Desemprego](https://img.iol.pt/image/id/8031106/1024.jpg)
60 funcionários estão a impedir saída de máquinas
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