O primeiro-ministro, José Sócrates, disse esta quarta-feira que a crise financeira já está a ter «consequências gravíssimas na economia real».
No debate quinzenal, que decorre no Parlamento, Sócrates lembrou que a turbulência mundial provou que a ideia de um Estado mínimo não funciona. «O que o Estado deve fazer é agir, intervir, fazer tudo o que estiver ao seu alcance», acrescentou.
O porta-voz do Governo reiterou as palavras do ministro das Finanças, sustentando que o plano anti-crise, anunciado pelo Governo no passado fim-de-semana, gerará um estímulo no Produto Interno Bruto (PIB) na ordem dos 0,7 pontos percentuais.
No entanto, o primeiro-ministro rejeitou avançar com metas sobre níveis de crescimento económico com plano anti-crise ou sem ele, como foi reclamado pela bancada do PSD.
Sócrates reconheceu ainda que o novo plano reforça o investimento público e contempla não só a criação de 20 mil novos empregos como também o apoio a 30 mil desempregados e a milhares de jovens recém-licenciados com estágios profissionais.
«A isto chama-se agir e não ficar sentado», disse.
O Governo espera um ano de 2009 difícil ao nível do emprego e admite que só poderá evitar um aumento rápido da taxa de desemprego com a ajuda do plano anti-crise.
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Sócrates: «Crise tem consequências gravíssimas na economia real»
- Rui Pedro Vieira
- 17 dez 2008, 16:37
![Crise: Sócrates faz apelo aos bancos](https://img.iol.pt/image/id/13035416/1024.jpg)
Primeiro-ministro lembra que plano anti-crise atingirá cem mil pessoas
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