EPAL admite continuar programa de redução de efectivos - TVI

EPAL admite continuar programa de redução de efectivos

António Bento Franco

Quebra de vendas é compensada por eficiência na gestão do negócio

A Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL) estima que o resultado líquido em 2008 tenha ultrapassado os lucros orçamentados de 17,6 milhões de euros, admitiu o administrador António Bento Franco, em entrevista à Agência Financeira. «É muito mais (que os 17,6 milhões) e é um bom resultado» adiantou o responsável, sublinhando, no entanto, que são «extraordinários». «Resultam de contenciosos resolvidos e que permitiram tirar fundos de reserva».



Bento Franco mostra-se satisfeito com os números até porque o negócio da EPAL é «paradoxal». «Cada vez se consome menos água e esse é um esforço que nós incentivamos. Para compensar a quebra de vendas e continuarmos a ter uma boa remuneração do capital, aumentamos a eficiência na gestão do negócio», referiu à AF>, assegurando que está a resultar.

Ganha projecto na Argélia e recebe 1,2 milhões

Relativamente ao programa de reformas antecipadas, Bento Franco assume que ainda há «algum potencial de redução», sem adiantar qual. «O nosso objectivo agora é o rejuvenescimento dos técnicos e aguardar pelos novos negócios para justificar as pessoas que cá estão», realçou em entrevista à Agência Financeira.

Empresa à procura de novos clientes



Uma dessas vias de poupança é reduzir as perdas de água. «Fizemos investimentos brutais nas infra-estruturas. As nossas perdas, na rede de Lisboa, ficaram nos 15,6% em 2008. O objectivo era chegar aos 15% em 2010, mas agora calculamos que fique nos 13/14%. Esperamos nessa altura ter as perdas todas controladas», disse.

Saneamento pode não ser este ano



O administrador da EPAL considera que, a partir dessa data, as perdas estejam controladas. «Há um óptimo. Não tem sentido ter uma rede de 0%: é completamente antieconómica e mesmo do ponto de vista ambiental teriam que ser investimentos tão fortes que teríamos problemas nas torneiras».



Quanto a crescer em termos de clientes, o responsável admite estar atento a novas «zonas geográficas próximas de Lisboa», além do negócio de saneamento para o qual já estão em negociações com a Câmara Municipal de Lisboa (CML).

Congresso Mundial da Água em Lisboa
Continue a ler esta notícia