Acções da Impresa podem subir 10% num mês - TVI

Acções da Impresa podem subir 10% num mês

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A Impresa registou, nesta sexta-feira, uma forte tendência altista, fixando novo máximo desde 2001 nos 5,28 euros. Segundo os analistas, esta tendência é para continuar, podendo as acções chegarem aos 5,45 euros a curto prazo e até aos 6,52 euros no próximo ano.

Ou seja, as acções da Impresa podem valorizar 10% até ao final do ano e 16,4% em 2005, face à cotação de fecho nos 4,95 euros.

Os títulos da Impresa conseguiram «quebrar a barreira dos cinco euros e pode atingir os 5,45 euros dentro de três a quatro semanas», referiu o analista técnico Gil Araújo, da Informação de mercado Financeiros (IMF). «As small caps têm uma certa dificuldade em atingir os seus objectivos, mas a curto/médio prazo, a Impresa pode chegar lá.» No entanto, caso quebre o suporte dos 4,80 euros, «todo este cenário de alta é anulado», acrescentou o mesmo.

O novo impulso verificado nas acções da Impresa fica a dever-se à possibilidade do controlo total da SIC. Relembre-se que o grupo delirado por Francisco Pinto Balsemão se encontra em negociações com o BPI para a aquisição da participação deste (41,366%) na estação de televisão de Carnaxide, estendendo a outros accionistas minoritários (8%). Contudo, o valor do negócio ainda não foi estabelecido.

Quando às estimativas de valores, os analistas encontram uma certa dificuldade em avaliar, uma vez que «vai depender os múltiplos de análise usados na avaliação», afirmou uma analista da Caixa Banco de Investimento (CBI). O Millennium bcp considera que o equity value é de 523 milhões de euros, com um desconto de 20%. Tendo como pressuposto de um desconto de 20 a 30%, o BPI aponta para os 513 milhões de euros. Segundo as estimativas dos analistas, os valores do investimento da Impresa para a aquisição da participação do banco liderado por Fernando Ulrich variam entre os 147 e os 196 milhões de euros.

A somar a este negócio, estão as perspectivas para o mercado publicitário em 2004 e para o próximo ano. Estes factores estão a servir de trampolim para a valorização dos títulos da Impresa. As perspectivas para o futuro também são favoráveis. «A Impresa vai conseguir concretizar os objectivos para este ano. Para 2005 também se perspectiva positivo, com o crescimento do mercado publicitário», estima a analista da Caixa BI. «O negócio com o BPI deve estar concluído no primeiro trimestre de 2005 e vai permitir tirar mais proveitos com o controlo da SIC», acrescentou a mesma.

Dadas as perspectivas de crescimento para o próximo e da conclusão do negócio com o BPI, os analistas vão rever em alta a sua avaliação. A Caixa BI tem, actualmente, uma recomendação de manter com um preço alvo de 4,08 euros. A recomendação do Millennium bcp é neutral e um preço alvo nos 4,80 euros. Já o BPI reitera o preço alvo para 2005 nos 5,45 euros por acção e uma recomendação em acumular, mas perante as estimativas para o próximo ano «e se chegar a um acordo final no negócio da SIC com o BPI e outro accionistas minoritários», o preço alvo para o próximo ano «pode subir para os 6,52 euros por acção, traduzindo-se numa recomendação de compra.
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