Analistas dizem que Estado deve abster-se na desblindagem - TVI

Analistas dizem que Estado deve abster-se na desblindagem

PT

A «Agência Financeira» contactou vários analistas para saber a sua opinião quanto à posição do Estado quanto à votação da desblindagem de estatutos da Portugal Telecom (PT). A maioria parece acreditar que se vai abster, mas também que a «golden share» é «decisiva» naquele que pode ser o «passo em frente» para o sucesso da Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Sonaecom.

«O Estado tem sido neutral e, se continuar na mesma lógica, não vai usar o seu direito de veto», comentou o analista do BPI, Ricardo Seara. Da mesma opinião é John dos Santos da Lisbon Brokers: «A postura do Estado até aqui têm sido o mais neutral possível, não querendo influenciar ninguém, por isso, penso que se irá abster». Além disso, para o mesmo, a tendência do Estado é para não favorecer nem um lado, nem o outro e, por isso, não deverá fazer uso da sua golden share, já que este poder está já há muito tempo a ser questionado pelo Comissão Europeia.

Para o especialista João Queiroz da LJ Carregosa, a «golden share» é mesmo «o principal entrave e a grande incógnita à desblindagem dos estatutos da PT» que, por deter capital vinculativo, pode «não considerar positiva» a acção que está em discussão na assembleia geral desta sexta-feira. Quanto aos restantes accionistas, «já tudo estará decidido».

Ainda de acordo com John dos Santos, a razão que levará o Estado a abster-se é, por um lado, porque quer deixar os accionistas privados da empresa decidir e, por outro, porque está de certa forma condicionado «pela sombra da UE no que respeita às golden shares».
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