Banco Comercial dos Açores lucra mais 9,8% em 2005

Em conferência de imprensa para apresentação dos resultados do exercício de 2005, Marques dos Santos, da comissão executiva do BCA, adiantou que a actividade das áreas comerciais «foi responsável por um crescimento do crédito não titularizado na ordem dos 111 milhões de euros, mais 15% do que em 2004».

À semelhança do ocorrido no ano anterior, e segundo a instituição, também em 2005 foi o crédito a particulares que registou um maior crescimento, com 44,8%, indicou.

Segundo disse, os depósitos de clientes tiveram um crescimento de cerca de 23,7 milhões de euros, correspondentes a uma variação percentual de 2,8%, ao que há a acrescentar os recursos fora de Balanço, designadamente Fundos de Investimento e Produtos Estruturados.

Marques dos Santos garantiu, ainda, que «o crédito mal parado está a reduzir», constatando que a «melhor situação é na Madeira, seguindo-se os Açores e depois o Continente».

Em 2005, o produto bancário do BCA foi de 46 milhões de euros, mais 3% face a 2004, enquanto que o cash-flow de exploração do banco atingiu 18,5 milhões de euros.

Comentando os resultados de 2005, o presidente da administração do BCA, Horácio Roque, sustentou tratar-se do «melhor resultado de sempre alcançado pelo banco», sublinhando que o grupo «continua cada vez mais sólido», com «projecção nacional e alguma internacional».

Marques dos Santos assegurou que o BCA «é um banco universal, de matriz de actuação regional, o que só foi possível graças ao esforço de modernização e de alinhamento com as melhores práticas do mercado, mas também pela integração no universo Banif».

«O banco tem registado, de forma continuada, níveis de crescimento muito significativos sem prejudicar a sua solidez económica e financeira e permitindo cumprir um outro objectivo que classificamos de estratégico, o de manter a liderança do mercado», enfatizou.

Marques dos Santos anunciou, também, que o BCA está a desenvolver testes piloto de um novo serviço de ATM'S indoor com novas funcionalidades exclusivas para clientes do banco ou do Grupo Banif, que permitirá depósitos de notas e cheques.

Em relação a outra instituição do grupo, a Açoreana de Seguros, Artur Marques anunciou que os resultados líquidos ultrapassaram os 14,1 milhões de euros, com um crescimento de 29,6%.

O cash flow superou os 22 milhões de euros, equivalente a um acréscimo de 47,8%, disse, ao explicar ainda que o activo líquido alcançou os 861 milhões de euros, mais cerca de 27%.

«Com uma produção superior a 344 milhões de euros e uma variação de 53,8% face ao exercício de 2004, o ramo Vida foi o que alcançou um melhor desempenho», acrescentou.