O apertar das condições de concessão de crédito por parte dos bancos é cada vez mais visível. Os últimos dados do Banco de Portugal, relativos a Novembro de 2008, mostram um abrandamento quer no crédito à habitação, quer no crédito ao consumo e para outros fins.
De acordo com o Inquérito de Conjuntura, divulgado esta sexta-feira, no mês em causa, os empréstimos para aquisição de habitação cresceram 4,7%, face aos 5,2% do mês anterior, e os empréstimos destinados ao consumo e outros fins cresceram 7,2%, face aos 7,9% de Outubro.
Contas feitas, os empréstimos a particulares cresceram, no seu conjunto, 5,2%, também abaixo dos 5,7% registados um mês antes.
Mas as famílias não foram o único segmento a sentir o aperto das regras, já que o crédito a empresas também registou uma travagem, e cresceu 1,4%, face aos 11,8% do mês precedente.
Por seu lado, os empréstimos a instituições financeiras cresceram 23,2%, um pouco abaixo dos 24,2% do mês de Outubro. Já os empréstimos ao sector privado não financeiro abrandaram de 8,3 para 7,8%.
No total, em Novembro, os empréstimos bancários concedidos ao sector não monetário (excluindo administrações públicas) mantiveram a tendência de desaceleração, situando-se a taxa de variação anual em 8,6%, menos quatro décimas que no mês anterior.
Bancos dão menos crédito à habitação e ao consumo
- Redação
- PGM
- 16 jan 2009, 15:43
Crédito total concedido cresceu 8,6%
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