Bancos reduzem comissões e alargam prazo dos créditos - TVI

Bancos reduzem comissões e alargam prazo dos créditos

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Os bancos procederam a alguns ajustamentos nas condições de financiamento.

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Apesar de existir alguma dispersão nas respostas obtidas pelo Banco de Portugal no inquérito levado a cabo junto de cinco grupos bancários em Portugal, estes «terão globalmente reforçado, ao nível dos spreads de taxa de juro, a diferenciação entre os empréstimos de risco médio e os empréstimos de maior risco, nomeadamente nos segmentos dos empréstimos a empresas não financeiras e a particulares para consumo e outros fins».

Por outro lado, «terão reduzido as comissões e outros encargos não relacionados com as taxas de juro e, no caso dos empréstimos a particulares, permitido o aumento das maturidades das operações».

Critérios de atribuição de crédito pouco alterados

Os critérios aplicados pelos bancos na aprovação de empréstimos a empresas e a particulares não registaram alterações significativas no segundo trimestre de 2007 face ao trimestre anterior.

Apesar disso, os cinco grupos bancários portugueses que participaram do inquérito realizado pelo Banco de Portugal em Julho identificaram alguns factores que terão exercido alguma influência sobre esses critérios.

No sentido de uma menor restritividade foram salientados, de forma transversal aos vários segmentos considerados, a concorrência entre instituições financeiras (na linha do que vem sucedendo desde meados de 2004) e uma avaliação mais favorável dos riscos associados a expectativas quanto à actividade económica em geral.

Em sentido oposto, e mantendo tendências de resposta já verificadas em inquéritos anteriores, as instituições reportantes apontaram para avaliações menos favoráveis acerca da capacidade dos consumidores de assegurarem o serviço da dívida e quanto às perspectivas para o mercado da habitação.

Procura de crédito aumentou em todos os segmentos

A procura de empréstimos terá aumentado em todos os segmentos, embora de forma mais evidente no segmento dos empréstimos a particulares para aquisição de habitação.

De acordo com uma das instituições reportantes, o acréscimo de procura pelos particulares terá estado associado a uma evolução da confiança dos consumidores. No caso das sociedades não financeiras, o ligeiro acréscimo da procura terá estado associado a maiores necessidades de financiamento das empresas para outras finalidades que não o investimento (que, entretanto, continua a contribuir para a diminuição das necessidades de financiamento).

Os grupos bancários inquiridos não esperam alterar de forma substancial os critérios aplicados na aprovação de empréstimos durante o terceiro trimestre de 2007. Apenas nos empréstimos a sociedades não financeiras se deverão observar critérios ligeiramente mais restritivos. Também para este segmento é antecipado um ligeiro aumento da procura, enquanto que para os segmentos dos empréstimos a particulares não são esperadas variações significativas na procura.
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