BES remete decisão sobre OPA à PT para recta final

«Guardamos a nossa resposta para o final. A PT tem uma personalidade muito forte, é uma grande empresa neste país e que merece que a sua cultura prevaleça», disse o responsável, na apresentação de contas do BES relativas ao primeiro semestre.

Ricardo Salgado esclareceu que não tomou nenhuma iniciativa no âmbito desta OPA, como «se tem dito», mas admitiu a possibilidade de vender as suas acções da operadora. «O BES não é um operador de telecomunicações nem pode ser, por Lei. Nós somos um accionista de referência, portanto, se houver uma OPA na qual consideramos que há bondade e qualidade, nós poderemos jogar as nossas acções no sentido daqueles que vierem a executar a OPA».

Para o presidente do BES há uma situação de «expectativa». «Se houver uma hipotética OPA alternativa pode não ser hostil e, se for considerada como tal pelo conselho de administração, porque é que o management (da PT) não há-de estar de acordo?», constatou.