Bolsa: investimentos a longo prazo rendem mais dinheiro - TVI

Bolsa: investimentos a longo prazo rendem mais dinheiro

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Comprar e vender acções consoante a volatilidade dos mercados não é a melhor estratégia

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A maioria das pessoas, quando considera a hipótese de investir na bolsa, pensa em comprar e vender acções ao sabor das oscilações dos mercados. Mas a verdade é que essa não é a melhor estratégia. O segredo é dar tempo ao mercado e não tentar adivinhar a melhor altura para entrar e sair das acções, afirma a Fidelity International.

Com os mercados accionistas mundiais a manterem-se voláteis, a Fidelity International destaca os riscos para os aforradores que tentam adivinhar a melhor altura para colocarem e retirarem os seus investimentos da bolsa. A análise do desempenho dos mercados accionistas português e europeus durante os últimos 15 anos revela que os dias de transacção que contribuem para a performance geral são relativamente poucos.

40 dias que fizeram a diferença

Num comunicado, a gestora de fundos revela que os investidores que perderam os melhores 40 dias da bolsa durante os últimos 15 anos tiveram ganhos muito reduzidos ou mesmo perdas. Por exemplo, quem tivesse investido mil euros no mercado accionista português em Dezembro de 1992, poderia receber 3.621 euros no final de Dezembro de 2007, incluindo o reinvestimento dos dividendos, se nunca tivesse sido movimentado esse investimento. Excluindo os 10 melhores dias, o investimento valeria apenas 2.327 euros. E excluindo os 40 melhores dias, a quantia seria hoje apenas de 956 euros, ou seja, inferior ao valor investido.

«Os perigos de tentar adivinhar a melhor altura de entrar e sair do mercado são ainda mais acentuados noutros países europeus. Falhar os 40 melhores dias durante este período de 15 anos levaria também a perdas na Áustria, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo, Holanda e Suíça», explica.

Épocas de incerteza são uma má tentação

«Durante períodos de incerteza no mercado bolsista, pode ser tentador adiar a tomada de decisões de investimento ou vender as participações existentes na esperança de voltar a comprar quando os valores forem mais baixos. Em teoria, esta ideia é atractiva, mas na prática raramente resulta», refere o Managing Director para o Sul da Europa da Fidelity International, Rafael Febres Cordero.

Para o responsável, «tal como as quedas acentuadas dos mercados tendem a ocorrer durante curtos períodos de tempo, também os ganhos são igualmente concentrados. Visto que estes ganhos ocorrem muitas vezes imediatamente antes ou depois de uma queda do mercado, um investidor que tente evitar as quedas tem grandes probabilidades de perder os melhores ganhos».

«Quando os mercados caem, é compreensível que os investidores percam a confiança e deixem de investir mais dinheiro ou resgatem as suas participações. Mas a lição importante que a história nos dá é que se os investidores forem perseverantes, obterão recompensas a longo prazo», acrescenta.

Os investidores que estão preocupados com a volatilidade do mercado, diz a Fidelity, deveriam considerar um plano de poupança regular. Investindo periodicamente um montante consistente, os investidores conseguem entrar gradualmente no mercado, independentemente do preço de um determinado dia. Esta estratégia é conhecida como «custo médio» e ajuda a atenuar o efeito das alterações do valor dos investimentos no mercado.
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