Bolsas europeias afundam com más notícias da banca - TVI

Bolsas europeias afundam com más notícias da banca

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Governo britânico volta a intervir para salvar RBS e Lloyds

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As bolsas europeias encerraram a sessão em forte queda, penalizadas pelo sector financeiro. Lisboa acompanhou a tendência, e o PSI20 caiu 1,22% para 8.278,51 pontos, com 17 empresas no vermelho.

Esta terça-feira, soube-se que o Governo britânico teve de intervir pela segunda vez para salvar dois bancos: o Royal Bank of Scotland (RBS) e o Lloyds. No caso do primeiro, a injecção do Estado será superior a 28 mil milhões de euros, a operação de resgate mais cara da história da banca mundial. No caso do segundo, terá de ser feito um aumento de capital recorde, de 23 mil milhões de euros, dos quais 5,8 mil milhões caberão ao Estado britânico.

O sector financeiro foi, em Lisboa e à semelhança do resto da Europa, dos mais penalizados. O BCP caiu 2,06% para 95 cêntimos, no dia em que o seu presidente executivo, Carlos Santos Ferreira, veio admitir que o facto do vice-presidente, Armando Vara, ter sido constituído arguido no caso «Face Oculta», prejudica a imagem da instituição.

No mesmo sector, o BPI também caiu 1,69% para 2,27 euros e o BES 3,6% para 4,80 euros.

Pessimismo alastrou a todos os sectores

Mas o pessimismo alastrou a outros sectores, como a energia e as telecomunicações. A EDP caiu 0,83% para 3,01 euros, e a REN, que anunciou já avançar com uma auditoria aos negócios com a empresa de gestão de resíduos de Manuel Godinho, desceu 0,5% para 2,99 euros. A Galp cedeu 0,47% para 11,73 euros.

Já a PT, recuou 0,9% para 7,70 euros.

Nota negativa ainda de destaque para a Sonae SGPS, cujas acções deslizaram 2,78% para 87 cêntimos.

Lá por fora, as praças europeias não fizeram melhor que a de Lisboa. Espanha caiu 1,95%, a Alemanha 1,43%, França 1,52% e em Inglaterra, o FTSE cedeu 1,32%.

EUA também mais pessimistas

Nos EUA, as coisas estão melhores, mas pouco. Os mercados seguem igualmente em queda, com o Nasdaq a cair 0,5% e o Dow Jones 0,6%. Também do outro lado do Atlântico, a culpa cabe, em grande parte, ao sector bancário, depois de o maior banco suíço, o UBS, ter reportado prejuízos de 373 milhões de euros, pior do que o esperado.

Notícias que vieram lembrar os investidores que, apesar dos bons sinais a nível económico, a crise financeira ainda não chegou ao fim e que os bancos ainda não estão livres de perigo, sobretudo depois de ontem o CIT Group ter apresentado um pedido de falência.
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