BPI não se vai defender da OPA

O Conselho de Administração do Banco Português de Investimentos (BPI) adiantou hoje que não vai tomar qualquer medida tendo em vista defender-se da Oferta Pública de Aquisição de que foi alvo pelo Banco Comercial Português (BCP).

Em conferência de imprensa destinada a apresentar a resposta do BPI ao BCP, Artur Santos Silva, presidente do Conselho de Administração do banco adiantou que «o Conselho de Administração não considera nenhumas medidas contra esta OPA, que vai seguir o seu caminho. A única coisa que estamos a estudar é a compra de acções próprias, que é estritamente para o programa de Stock Options, que repetimos todos os anos».

Também fora de hipótese está seguir o caminho da Portugal Telecom. «Está fora dos planos dividendos extraordinários», avançou o responsável que confia no plano de negócios apresentado até 2010 para convencer os accionistas.

Sobre se já tinha recebido algum parecer dos accionistas do banco sobre a OPA, Artur Santos Silva relembrou que «as pessoas do Conselho de Administração estão impedidas de tomar posições específicas. Têm a obrigação de defender a empresa. Se tiverem opiniões têm de se abster de tomar posição».

Sobre o preço da oferta, o responsável adiantou que «quem vai dizer o que valem as acções é o mercado». Já Fernado Ulrich, o presidente da Comissão Executiva do banco adiantou que «quem põe o preço é quem quer vender e aqui ninguém quer vender nada».