Carlos Tavares espera ano em grande na bolsa portuguesa - TVI

Carlos Tavares espera ano em grande na bolsa portuguesa

Carlos Tavares

Este ano «pode ser decisivo, um novo impulso para o mercado de capitais».

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O presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) considerou hoje que 2006 pode ser o ano de um novo impulso para o mercado de capitais, nomeadamente devido às OPA e aos novos quadros regulamentares.

Este ano «pode ser decisivo, um novo impulso para o mercado de capitais», disse Carlos Tavares num almoço-debate promovido pelas câmaras de comércio Luso-Britânica, Luso-Francesa e Portugal-Holanda, durante uma apresentação sobre a competitividade das empresas portuguesas e o seu financiamento.

O presidente do conselho directivo da CMVM destacou «o aparecimento de novos regulamentos para o mercado» e o papel das Ofertas Públicas de Aquisição [OPA] em curso da Sonaecom sobre a Portugal Telecom e PT Multimédia e do BCP sobre o BPI, que «podem criar alguma ponta de entusiasmo no mercado».

O presidente do regulador português espera também «que este seja um ano de mais empresas no mercado», com a entrada prevista de Galp, REN e também as privatizações de EDP e Portucel, destacando a da papeleira nomeadamente pelo free-float (capital disperso em bolsa) que terá após esta operação.

Relativamente às pequenas e médias empresas (PME), Carlos Tavares reiterou a «necessidade de incentivos à procura e à presença» destas no mercado de capitais, nomeadamente para suportar os custos associados à listagem em bolsa.

A «redução temporária do IRC para as pequenas e médias empresas que dispersem em bolsa e aceitem as regras do mercado» e a «dinamização do capital de risco» foram dois dos incentivos sugeridos por aquele responsável.

«Tem de haver concertação de esforços do Governo, regulador, emitentes, bolsas e intermediários financeiros, para que todos façam alguma coisa para que o mercado seja um instrumento de competitividade da economia portuguesa», disse Carlos Tavares.

«A capitalização da bolsa portuguesa é cerca de 40% inferior à média europeia, muito longe do que poderia e deveria ser», afirmou.
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