Castro Guerra: «Banca vai cortar empréstimos às empresas» - TVI

Castro Guerra: «Banca vai cortar empréstimos às empresas»

  • Sónia Peres Pinto
  • 28 fev 2008, 12:14
dinheiro

Número de projectos recusados está a aumentar

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O secretário de Estado da Inovação, Carlos Castro Guerra, reconhece que o financiamento às empresas por parte das instituições bancárias «vai sofrer cortes», garantiu o responsável à Agência Financeira (AF) à margem do Innovation Marketplace, que se realiza esta quinta-feira, no Centro de Congressos de Lisboa.

«Estamos numa fase de crédito mais caro, desta forma o financiamento vai ser mais dificultado», alerta o mesmo.

Quando questionado sobre a recusa de financiamentos, o secretário de Estado afirma que «a banca sempre recusou empréstimos», reconhecendo, no entanto, «que a percentagem dos projectos que estão a ser recusados é que pode ter aumentado, uma vez que os critérios são mais exigentes».

Uma das soluções para este «entrave», de acordo com Castro Guerra, passa por o Estado apresentar ao tecido empresarial instrumentos de garantia mútua. «O objectivo é que o crédito possa estar mais específico às necessidades dessas empresas», acrescentando ainda que «acaba por reduzir o risco e facilitar o acesso ao crédito», refere à AF.

Também o capital de risco pode ser visto, no entender do secretário de Estado, uma alternativa ao financiamento. Aliás, Castro Guerra aproveitou para anunciar que o Governo vai criar um fundo de capital de risco para a inovação das PME, durante o primeiro trimestre deste ano, no valor de 370 milhões de euros.

QREN com mais de 1.500 candidaturas

Castro Guerra salienta ainda o sucesso que está a ser o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). «Tem havido uma grande apetência por parte das empresas», adianta.

Segundo as contas do secretário de Estado, já foram recebidos 1.529 projectos, o que totalizaria 3 mil milhões de euros em termos de investimento.

Já em termos de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (IDT) foram recebidas 150 candidaturas.

A primeira fase terminou em Janeiro e Castro Guerra garante que «as decisões serão tomadas em breve».

«Tem havido um grande esforço para cumprir os prazos e já ganhámos um mês em relação às datas comunicadas», conclui.
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