«Certificados de aforro são os mais competitivos do sector» - TVI

«Certificados de aforro são os mais competitivos do sector»

  • Sónia Peres Pinto
  • 11 abr 2008, 11:29
Certificados de Aforro

Remuneração era desajustada à realidade

Para o secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, Carlos Costa Pina, os certificados de aforro são mais competitivos do que os restantes produtos alternativos existentes no mercado. «Tem uma taxa de remuneração para produtos sem risco superior aos restantes produtos existentes no mercado», garante o responsável à margem do Seminário «Serviços Financeiros e Defesa do Consumidor», promovido pela Deco.

Costa Pina alerta, no entanto, que estes são «dos produtos mais caros para o Estado ao nível da dívida pública», acrescentando ainda que «não nos queixamos disso porque têm uma função de captação de aforro».

Remuneração era desajustada

O responsável acredita ainda que não tem existido uma diminuição da procura deste instrumento financeiro, mesmo depois do Governo ter alterado as taxas de remuneração. Segundo o mesmo, isso é visível pelo actual stock acumulado de aplicações em certificados de aforro que se mantêm na casa dos 18 mil milhões de euros. Isso significa, de acordo com o secretário de Estado, que «o valor tem estado estável nos últimos anos».

Aliás, essa alteração na remuneração era inevitável, já que no entender de Costa Pina, o valor aplicado até aqui «era claramente desajustado das condições de mercado e enviesava por isso as opções dos investidores porque tinha um perfil de remuneração que não era equilibrado ao perfil de risco que oferecia».

Afasta concorrência à banca

Esta aposta nos certificados de aforro assim como nos recentes PPR do Estado não representam qualquer concorrência à banca ou ao sistema financeiro.

«As críticas não tem qualquer tradução na verdade. Olhemos para os números, o total de depósitos hoje aplicados no sistema bancário é de 160 mil milhões de euros, se olharmos para aquilo que tem sido a evolução dos certificados de aforro nos últimos anos não verificamos que tenha havido uma migração das aplicações em certificados para depósitos nem se ela existisse isso se resolvesse a questão ao nível da necessidade de liquidez dos bancos», conclui Costa Pina.
Continue a ler esta notícia