CGD aumenta lucros em quase 30% em 2005

O produto da actividade bancária e de seguros aumentou 24,6% para 2.670,9 milhões de euros. A margem financeira de retalho subiu 10,3% para 994,4 milhões, mas a margem alargada caiu ligeiramente para pouco mais de 1.413 milhões.

O produto da actividade reflecte os crescimentos verificados na margem financeira de retalho, na margem complementar (+72,7%) e na margem técnica de seguros (+75,6%).

Crédito habitação aumenta mais de 9%

As comissões cobradas as clientes cresceram 5,3%, num ano em que os recursos captados totalizam 82 mil milhões de euros, mais 6,7%. O crédito a clientes cresce 6,7% para 51,3 mil milhões de euros, com destaque para o crédito à habitação que aumenta 9,2% para 28,7 mil milhões de euros.

Os custos operativos totalizaram 1.613,4 milhões de euros (+12,3%), com um «crescimento significativamente influenciado pelo supra mencionado efeito da integração da Império-Bonança. Excluindo este efeito, os custos operativos teriam aumentado apenas 2,6%».

Custos com pessoal aumentam 15%

Os custos com pessoal cifraram-se em 851,1 milhões de euros (+15%). Excluindo o efeito da integração da Império-Bonança, o crescimento seria de cerca de 6%. «Note-se ainda que por forma a apresentar uma evolução em base comparável, o valor em 2004 exclui os custos associados ao aumento das responsabilidades com pensões dos empregados da CGD transferidas para a CGA (no montante de 184,9 milhões de euros) e resultantes das alterações de pressupostos actuariais ocorridas durante esse ano. Assim, toda a análise e os quadros apresentados consideram a dedução daquele montante nos custos com pessoal em 2004».

Em termos de eficiência, o rácio cost-to-income foi de 59,7%, contra 66,3% em 2004. O valor do cost-to-income reflecte a especificidade de conglomerado financeiro atribuída ao Grupo CGD em resultado do peso significativo da actividade seguradora (superior a 10% do balanço consolidado).

O resultado bruto da exploração, antes de provisões e imparidade, cifrou-se em 1.057,4 milhões de euros, um crescimento de 349,9 milhões de euros (+49,4%). O saldo líquido das dotações do exercício para provisões e imparidade somou 401,3 milhões de euros (+53,4%), o que traduz um acréscimo de 139,7 milhões de euros relativamente a 2004.

O resultado antes de impostos e interesses minoritários, por seu turno, fixou-se nos 681,2 milhões de euros (+47,1%), tendo o imposto sobre lucros ascendido a 126,4 milhões de euros, o que compara com 42,1 milhões de euros em 2004.

Os rácios de rendibilidade e eficiência evoluíram favoravelmente, destacando-se os valores do ROE (18,4%) e do ROA (0,82%), bem como os valores dos rácios de custos com pessoal (31,3%) e produto da actividade (3,2%).