Chegada da gripe das aves à União Europeia não aumenta riscos de pandemia - TVI

Chegada da gripe das aves à União Europeia não aumenta riscos de pandemia

Gripe das Aves

O aparecimento da gripe das aves na Europa «não aumenta a possibilidade» de uma pandemia, afirmou hoje no Luxemburgo o Comissário Europeu para a Saúde e Protecção dos Consumidores, Markos Kyprianu.

Relacionados
O Comissário falava à margem do encontro dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, hoje reunidos no Luxemburgo, onde apelaram para uma coordenação internacional destinada a enfrentar a «ameaça mundial» que representa a gripe das aves.

Numa declaração escrita, os representantes dos 25 reconheceram que «a gripe das aves e pandemia constituem uma ameaça mundial e apelaram para uma reacção internacional coordenada».

Também o Comissário Europeu para a Saúde insistiu na «necessidade de uma cooperação internacional» para lutar contra a gripe das aves - nomeadamente a variante asiática -, transportada pelo perigoso vírus H5N1, e que surgiu na Turquia e na Roménia na passada semana.

Markos Kyprianu sublinhou que a saúde animal e a eventual ameaça de uma pandemia eram «duas questões separadas».

Uma tal pandemia «poderá provir deste vírus» da gripe das aves ou «poderá provir da mutação de qualquer outro tipo de vírus da gripe», explicou.

«Quero sublinhar que o facto de termos tido estas descobertas (de gripe das aves) na Europa não aumenta a probabilidade de uma pandemia», disse.

«Esperamos que isso nunca aconteça mas, se for esse o caso, devemos preparar-nos de modo apropriado», prosseguiu o comissário, numa alusão à insuficiência de stocks de antivirais, «primeira linha de defesa» contra uma eventual doença humana.

«Não atingimos o nível de preparação que deveríamos ter», referiu Kyprianu, precisando que, actualmente, os Estados-membros não estão «todos» em conformidade com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) que prevê que 25% da população possa ser atingida.

O Comissário Europeu para a Saúde não deu qualquer informação suplementar sobre a situação na Grécia, mas Bruxelas fez saber segunda-feira da possibilidade de proibir a circulação de aves das regiões atingidas, após o resultado das análises suplementares hoje divulgado.

No final deste encontro, os chefes da diplomacia da UE esperam poder tranquilizar os europeus, após a descoberta de um caso suspeito de gripe das aves na Grécia e o aparecimento do vírus H5N1 na Turquia e na Roménia na semana passada.

Entretanto, o ministério da Agricultura grego indicou que um laboratório de Salónica (norte), especializado na gripe das aves, vai examinar hoje um peru morto e nove novas amostras de sangue de aves provenientes da ilha de Inusses, onde segunda-feira foi descoberto um caso.

Os resultados dos primeiros exames destinados a determinar se os animais são portadores de um vírus do tipo H5 serão hoje conhecidos, precisou, por seu turno, o secretário de Estado para a Agricultura, Alexandre Kontos, acrescentando que a detecção de um eventual vírus de estirpe H5N1 necessitará de um prazo suplementar.

Já o ministério da Agricultura lembrou que saberia segunda ou terça-feira se o primeiro caso de gripe das aves registado na ilha de Inusses teria sido provocado pelo vírus H5N1, ou se se tratava de um outro tipo de vírus.

Amostras de aves contaminadas foram igualmente enviadas para o laboratório britânico de Weybridge, no sudeste de Londres, onde serão examinadas.
Continue a ler esta notícia

Relacionados