Segundo o responsável da tutela foi «removido o último obstáculo para o Governo implementar um novo programa energético». E adiantando que «temos de pensar em novos modelos de negócios que são compatíveis para concorrer com empresas modernas, eficientes e com uma carteira de negócios diversificada, não só em termos de produto, mas em termos de mercado».
Uma opinião partilhada pela comissária europeia da Concorrência, Neelie Kroes, que se congratulou, em Bruxelas, com a decisão do Tribunal.
«Saúdo esta importante sentença que ilustra a eficácia da política de fusões da União Europeia em tratar rapidamente as operações complexas e evitar fusões que iriam neutralizar os efeitos da abertura do mercado», disse Neelie Kroes depois de conhecida a sentença, avançou a agência «Lusa».
A comissária insiste que a aquisição que a EDP e a ENI pretendiam realizar poderiam resultar em preços mais elevados para os consumidores nacionais e utilizadores industriais. «Não é aceitável que os consumidores num Estado-membro sejam penalizados pelo facto de uma companhia passar a ter uma maior posição noutro Estado-membro», acrescentou.
A EDP, por seu lado, apenas comunicou a decisão e ainda não quis fazer quaisquer comentários sobre o tema.
«Chumbo» de Bruxelas levanta último obstáculo à reestruturação do sector
- Alda Martins
- Inês Jacinto Costa
- 21 set 2005, 15:00
O ministro da Economia, Manuel Pinho, manifestou hoje ao seu contentamento ao facto do Tribunal de 1ª Instância de Bruxelas ter chumbado, em definitivo, a integração do negócio de gás natural da Galp Energia na EDP.
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