A juíza Maria Ester Roa considerou que ao longo do julgamento ficou provado que a tripulação do avião impediu que se cometesse o delito de tráfico de droga na modalidade de transporte e inocentou o co-piloto Luís Santos, concedendo-lhe liberdade imediata.
As três passageiras portuguesas, Maria Margarida da Silva Mendes, Maria Virgínia Passos e Maria Antonieta Luís, foram condenadas cada uma a nove anos de prisão por autoria de tráfico ilícito de substâncias estupefacientes.
Dos seis venezuelanos que estavam também em julgamento, quatro foram condenados a quatro anos e seis meses de cadeia e outros dois a nove anos porque o tribunal considerou que também foram autores do delito.
A juíza ordenou a confiscação da aeronave onde a droga foi encontrada, uma vez que a lei venezuelana prevê que os bens que sejam usados ou provenientes do tráfico passem para o Estado.
Quatro dos sete advogados que defenderam os dez arguidos disseram à Agência Lusa que vão pedir a nulidade do julgamento por considerarem que o processo teve "vícios".
O caso teve início em Outubro de 2004, quando quatro portugueses, entre eles o co-piloto Luís Santos, e seis venezuelanos foram detidos pelas autoridades sob a acusação de transporte ilícito de substâncias estupefacientes. Segundo a legislação vigente na Venezuela, o julgamento deveria demorar até 45 dias, mas estendeu-se por mais de um ano, tendo sido adiado por 20 vezes.
Co-piloto acusado de tráfego de droga na Venezuela foi absolvido
- Redação
- LUSA
- 15 dez 2005, 10:05
O tribunal de Macuto condenou a nove anos de prisão três portuguesas acusadas de tráfico de droga e considerou inocente o co-piloto do avião onde as autoridades encontraram 400 quilos de cocaína em Outubro de 2004, noticia a «Lusa».
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