Construção e empregados de escritório lideram desemprego

Segundo os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), os «trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio» que estão sem trabalho ascendem a 58.595, aos quais acrescem 54.55 «empregados de escritório», 48.506 pessoas «dos serviços de protecção e segurança» e ainda 43.040 «trabalhadores não qualificados das minas, construção civil e indústrias transformadoras».

Estes quatro grupos de profissões expressavam, no seu conjunto, 43,7% do total de desempregados inscritos no final de Março.

Na evolução anual do desemprego por grupos de profissões continuam a ser notórios os acréscimos percentuais verificados em profissões a que normalmente estão associados níveis de qualificação mais elevados, nomeadamente: «profissionais de nível intermédio do ensino», onde se deu um aumento de 70,3%, «profissionais de nível intermédio das ciências da vida e da saúde», com um crescimento de 30,1%, «especialistas das ciências da vida e profissionais da saúde» com mais 16,9%, e «outros especialistas de profissões intelectuais e científicas», com uma subida de 13,9%.

Considerando a actividade económica de origem do desemprego dos 434.959 desempregados que no final do mês se encontravam inscritos para novo emprego, nos Centros de Emprego do Continente, 56,3% eram oriundos de actividades do sector dos serviços onde predominavam o «comércio por grosso e a retalho» e as «actividades imobiliárias informáticas investigação e serviços prestados a empresas», 39,4% provinham do sector secundário com destaque para a «construção», «indústria do vestuário» e «fabricação de têxteis», sendo os restantes 4,2% procedentes do sector agrícola.