Consumidores portugueses são os mais pessimistas do mundo

A nível mundial, o índice subiu de uma média de 92 pontos em Maio de 2005 para 98 pontos em Novembro, tendo-se verificado a sua subida em dois terços dos países.

A excepção é Portugal, que desceu à posição mais baixa no índice de confiança do consumidor a nível mundial, tendo descido 6 pontos de Maio para Novembro. O número de consumidores que têm más perspectivas de emprego em Portugal aumentou de 22% para 36% e Portugal está também entre os 3 países mais pessimistas onde as pessoas não esperam grande coisa da sua situação financeira e pensam que agora é má altura para gastar dinheiro, revela o estudo.

O índice geral de confiança da Europa está três pontos abaixo da média mundial. A percepção de oportunidade de emprego aumentou substancialmente na Bélgica, na Holanda, na Suécia, na Finlândia e em Espanha, embora as três primeiras se encontrem entre as 10 mais pessimistas do mundo nesta área, juntamente com a França, a Áustria e a Alemanha. Em Itália, há mais pessoas a acreditar que o seu bem-estar vai melhorar e dizem que é uma boa altura para fazer compras. Ao mesmo tempo, 63% dos Italianos mostram-se negativos no que respeita ao emprego.

Indianos são os mais optimistas do mundo

Os consumidores mais optimistas do mundo vivem na Ásia-Pacífico e na América do Norte. Os mais confiantes continuam a ser os Indianos, segundo o mesmo estudo.

O ano de 2005 reforçou certamente as perspectivas de futuro dos consumidores americanos e canadianos que melhoraram as suas expectativas no que respeita a segurança e disponibilidade de emprego e expressaram uma visão mais positiva em relação às suas finanças pessoais.

A nível global, os irlandeses parece serem os mais empenhados em usar as poupanças para pagar dívidas e empréstimos. Quase metade dos irlandeses que afirmaram que usariam as poupanças para pagamento das dívidas.

Os Latino-Americanos são geralmente positivos quanto às perspectivas de emprego e financeiras, com 50 a 70% dos respondentes nos quatro países a esperarem melhoria para os meses futuros. O índice de confiança do consumidor aumentou em todos os mercados da América Latina, estando no entanto abaixo da média geral no Brasil.

Os consumidores na Ásia-Pacífico continuam numa onda de desenvolvimento económico, com o índice de confiança do consumidor a aumentar em nove de 13 mercados. Os Indianos deram ainda um salto maior em termos de expectativas e posicionam-se no topo da lista geral com um índice de confiança de 132 pontos ¿ nove pontos à frente da segunda nação ¿mais optimista¿ do mundo, a Nova Zelândia. O número de utilizadores de Internet na Índia que pensam que as perspectivas de emprego no país serão não somente boas mas excelentes duplicou, de Maio a Novembro de 2005, para 34%.

Até os Japoneses e os Sul-Coreanos, com os índices de confiança mais baixos a nível global, melhoraram as suas previsões do futuro. No Japão, mais 45% de pessoas acreditam em melhores perspectivas de emprego para o próximo ano, em comparação com o número de Maio de 2005. Embora só um quarto das pessoas que responderam no Japão e na Coreia do Sul tenham confiança na futura situação das suas finanças pessoais, aumentaram as opiniões de que agora é uma boa altura para fazer as compras que querem e de que se necessitam. Os profissionais de marketing de produtos de consumo e de serviços não devem contudo esperar muito aqui pois o estudo mostra que os asiáticos são as pessoas mais poupadas do mundo, com 52% deles a pouparem dinheiro para tempos mais difíceis.