DECO detectou bactérias a mais nos hospitais portugueses - TVI

DECO detectou bactérias a mais nos hospitais portugueses

Hospitais com graves falhas nas condições de higiene

Um em cada dez doentes internados em Portugal sofre infecções hospitalares, segundo um estudo da DECO, que identificou níveis de bactérias no ar superiores ao recomendado em alguns hospitais públicos e privados.

O estudo da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) será publicado na edição de Dezembro da revista «Teste Saúde», avança a «Rádio Renascença».



Os hospitais Pediátrico de Coimbra, Capuchos, São José, Curry Cabral, Egas Moniz e Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, São Teotónio (Viseu), Espírito Santo (Évora), Infante Dom Pedro (Aveiro) e São João de Deus (Montemor-o-Novo) apresentaram quantidades de microrganismos acima das 500 unidades formadoras de colónias por metro cúbico, o valor máximo defendido pela OMS para o ar interior

dos edifícios.



A DECO detectou ainda «fundos e leveduras acima do recomendado» pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em quatro hospitais: Egas Moniz, SAMS (bancários), de Jesus (Lisboa) e na Maternidade Bissaya Barreto (Coimbra).



As análises da DECO resultaram de amostras de ar recolhidas entre Janeiro e Abril de 2005 em enfermarias, corredores, urgências e salas de espera dos 19 hospitais que o autorizaram.

Contudo, a associação frisa que «a presença de muitos microrganismos nocivos nos hospitais não significa que os doentes lá internados venham a ter uma infecção».



A ocorrência de uma infecção «depende das concentrações e tipo de germe, bem como da susceptibilidade do paciente», embora exista «um risco acrescido que os profissionais não devem ignorar, até porque os doentes internados são alvo fácil destes microrganismos».
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