A revogação do decreto-lei 130/2000, de 13 de Julho, e das alterações introduzidas pelo decreto-lei 254/2000, de 17 de Outubro, foi publicada na passada sexta-feira em Diário da República, constando da lei do orçamento de Estado para 2007.
Para a Associação Nacional dos Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), a medida vai «agravar os problemas de congestionamento das estradas nacionais e promover o aumento das emissões de CO2 para a atmosfera».
Numa nota aos seus associados, divulgado no site da associação, a ANTRAM recomenda aos transportadores que considerem «o custo integral das portagens na formulação dos seus preços aos clientes».
O desconto, criado pelo Governo de António Guterres como forma de compensar os transportadores pelo aumento dos combustíveis, beneficiava cerca de 30.000 veículos, segundo dados da ANTRAM.
Para a associação, o fim da medida surge precisamente numa altura em que se regista um «aumento exponencial do preço médio de venda ao público do gasóleo, que entre 2000 e 2006 registou um aumento global próximo dos 50 por cento».
Com a publicação da revogação, os veículos das classes 3 e 4 perdem o direito ao desconto de 50 por cento nas portagens entre as 22:00 e as 06:00 e de 30 por cento entre as 10:00 e as 16:00.
A parte do desconto era suportada pelo Estado.
«Este novo constrangimento ao exercício da actividade reforça a necessidade de o Governo se debruçar seriamente» sobre a proposta da associação que visa «recolocar a reconversão das frotas profissionais na sua agenda para os transportes», afirma a ANTRAM.
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Descontos portagens para pesados deixaram de vigorar 2ª feira
- Redação
- LUSA/MD
- 4 jan 2007, 15:42
![(arquivo)](https://img.iol.pt/image/id/110294/1024.jpg)
Os descontos nas portagens nas auto-estradas concessionadas à Brisa para os pesados de mercadorias e passageiros, das classes 3 e 4, criados há sete anos para compensar os aumentos dos combustíveis, deixaram de vigorar na passada segunda-feira.
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