Documento da SLN apontava Insular como problema desde Março - TVI

Documento da SLN apontava Insular como problema desde Março

SLN

Vakil admitiu ter conhecimento

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O ex-presidente da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que detinha o Banco Português de Negócios (BPN), Abdool Vakil, foi confrontado pelo CDS-PP com um documento interno datado de Março de 2008 em que o grupo admitia que o Banco Insular era um problema por se tratar de um «Banco Financiador de investimentos do Grupo não relevados no Balanço do Grupo».

À data do documento, Abdool Vakil, que está a ser ouvido pela comissão parlamentar de inquérito ao BPN, era presidente da instituição, tendo assumido estas funções um mês antes.

Ao ser confrontado com o documento pelo deputado Nuno Melo, Vakil disse ter conhecimento do documento e confirmou que o mesmo foi discutido no Conselho Superior da SLN.

De acordo com o documento, o Insular era um problema porque os seus «depositantes, a 100 por cento provenientes do Grupo BPN» e porque «uma parte do Balanço está off balance sheet».

No documento a que a Lusa teve acesso pode ler-se no item «Banco Insular» que «Perspectiva-se a imposição de integração no Grupo» SLN.

As soluções que o grupo estudava

O documento indica duas soluções possíveis: a primeira seria a redução do balanço, com a «passagem imediata de todos os créditos concedidos a empresas participadas directa ou indirectamente pela SLN para bancos do Grupo SLN (78 milhões de euros) excluindo veículos».

Também se propunha a «passagem imediata de todos os créditos concedidos a accionistas para o BPN (18 milhões de euros)».

«Com esta redução associada às venda das acções SLN e SLN Valor (80 milhões de euros), o balanço do Banco Insular fica com 409 milhões de euros», lê-se ainda no documento.

A segunda proposta era a de vender o Insular a terceiros, procedendo a uma «avaliação tendo por base os activos que lá ficaram, nomeadamente créditos a veículos offshore».

Assim, «dos 409 milhões em balanço seria possível obtermos um valor potencial dos activos que lá ficaram em cerca de 250 milhões».

A primeira opção seria a «assunção da perda de 150 milhões em balanço da SLN» e a segunda era a «junção de um activo como os 100 por cento da sociedade Wisteria (dona de 20 por cento da OPI 92) de forma a que o Banco Insular pudesse ser vendido pelo seu valor de balanço».
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