Economia nacional volta a crescer menos que Zona Euro - TVI

Economia nacional volta a crescer menos que Zona Euro

José Sócrates

Outro ano de divergência afasta cada vez mais Portugal dos parceiros

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A economia portuguesa voltou a crescer menos que a Zona Euro no ano passado. 2007 foi mais um ano de divergência face à média europeia, o que torna o país cada vez mais pobre.

O Produto Interno Bruto (PIB) nacional cresceu apenas 1,9% durante o ano passado, menos cinco décimas que os 2,4% registados pelo conjunto dos países aderentes ao euro. A divergência já dura desde 2001.

No último trimestre de 2007, as coisas passaram-se precisamente ao contrário: quando a Zona Euro abrandava, Portugal acelerava a fundo. A economia portuguesa cresceu 0,7% no último trimestre do ano passado, face ao terceiro, e 2% face ao último trimestre de 2006. Um ritmo de expansão que ultrapassou o registado pelo conjunto da Zona Euro, que, no mesmo período, cresceu apenas 0,4% em termos trimestrais.

A contribuir para o abrandamento estiveram sobretudo duas grandes economias da área, a francesa e a alemã, que entraram em forte abrandamento.

Nota de destaque positivo para a vizinha Espanha que, tal como Portugal, acelerou na recta final de 2007, e cresceu 0,8% no último trimestre, mais uma décima que no anterior.

2008 será 1º ano de convergência?

Recorde-se que o Governo português prevê que 2008 seja o ano do fim da divergência entre a economia nacional e a da Zona Euro, apontando para um crescimento de 2,2% a nível interno, mais que os 2% projectados para a área do euro. O Governo alega que Portugal será menos afectado pela crise financeira e por uma eventual recessão nos EUA do que o resto da Europa. O Banco de Portugal tem uma previsão idêntica à do Governo para o crescimento da economia nacional neste ano.

Recorde-se que o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o crescimento económico na Zona Euro seja inferior a 2% em 2008, uma revisão em baixa face às previsões de Outubro, quando previa 2,1%. Para Portugal, o FMI reviu em baixa a previsão para 2008, de 2,1% para 1,8%.
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