EDP decide rapidamente venda da posição na Galp - TVI

EDP decide rapidamente venda da posição na Galp

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O Conselho de Administração da EDP tem de tomar rapidamente uma decisão, se vende ou não, os 14,3% que detém no capital da Galp Energia, disse João Talone, CEO da eléctrica.

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A empresa admitiu já ter recebido uma proposta por parte da Amorim Holding II, tendo ainda acrescentado, na altura, que essa mesma oferta estava em apreciação. Segundo a imprensa, a oferta de Américo Amorim e da Sonangol ascende a 677 milhões de euros.

«A decisão tem de ser rápida. Se sim ou se não (venda da posição na Galp)», disse João Talone, adiantando que «quem toma a decisão é o Conselho de Administração», concluiu, citado pela Reuters.

Os italianos da Eni admitiram já também estar interessados nessa posição. A petrolífera controla 33,34% da companhia nacional e tem o direito de reforçar para mais de 47%, caso a entrada em bolsa da Galp não aconteça nos primeiros meses do ano que vem. Por isso mesmo, o Governo decidiu avançar com o IPO da petrolífera já em 2006. O Executivo não quer que os italianos controlem a Galp e, para acabar com o impasse, deram à Eni três opções alternativas, que até agora não conduziram a nenhum acordo. A Eni diz estar disposta a exercer o direito de compra, e o Governo diz estar também dispostos a recorrer aos tribunais para travar os italianos.

Em declarações à Reuters, o CEO da italiana, Paolo Scaroni, disse não acreditar «que a EDP vá vender a sua posição de forma directa, ao invés de realizar um leilão para maximizar o preço». A Eni avalia o capital da Galp em 5,5 a 6 mil milhões de euros.

«Sempre dissemos que temos um interesse estratégico na Galp e estamos convencidos que somos os melhores parceiros para a empresa. Ficaríamos muito contentes em participar num leilão competitivo, em acordo com o Governo português», disse o responsável.

Se a Eni conseguir comprar a posição da EDP na Galp, atinge 47,6% do capital da empresa, a posição que o Governo não queria ver nas mãos dos italianos, ainda antes de estes exercerem os direitos de compra.
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